Se não morrer agora,
quando em mim foi cravado o punhal do adeus,
morreria por todas minhas auroras,
que restassem dos dias meus!
Não mereço morrer todos os dias,
ainda eu que te amei em verdade...
Alongando de mim triste agonia,
morrendo, aos poucos, de pura saudade!
Se eu não morrer agora que fechas a porta
e ainda carregas pesada mala com tuas roupas,
morreria por todas minhas madrugadas frias,
aos beijos dos sereno substituindo a tua boca!
Não mereço morrer todos os dias,
ainda eu tenha vivido só prá ti !
Que eu morra hoje o que importa?
De mim mesmo me esqueci!
Culpar a quem?
Ninguém!
Jás fostes!
Dias que me esperam...
Para cada segundo levar um pouco de mim!
Tua ausência é mal que nada supera...
Triste verdade, meu fim!