Os ponteiros se amam quando meia-noite.
Minhas mãos passeiam tua pele arrepiada
Teu olhar não me pertence,
Mas insiste em me transtornar,
Em se tornar fixo dentro dos meus olhos
- afoitos por ti -
Os ponteiros se amam quando meia-noite.
Nada em teu sorriso, nem em teu olhar azulado.
Porém, tudo em tuas mãos macias
Elas ensinam a não me afugentar agora.
Chove lá fora...
- ainda sinto sua respiração ofegante-.
Sinto-me futuro amante do seu corpo sedutor.
Quietinho sussurrei em teus ouvidos palavras de amor.
No relógio os ponteiros se amam
- como nós á meia-noite,
Cada pingo lá fora,
Cada segundo que passa...
Parece não me importar mais...