Quando as nuvens escurecem no céu
É sinal de chuva...
Fina, forte ou em forma de tormenta.
E cai...
Por vezes trazendo água e essência
Apenas para umedecer a terra
Perfumando o mergulho das folhas secas
E deixar-nos sentir o aroma fantástico da natureza.
Noutras, ela desce em meio a raios e trovões
Ferindo o solo e esparramando dores
Afogando roseiras, derrubando montes,
Aterrando criaturas, causando viagens inesperadas.
A terra clara, sempre em dobras,
Aguenta tantas transformações!
Porque eu, simples mortal,
Questiono-me tanto quando meu sol se esconde?
Ainda não aprendi na correnteza dos anos
Que a vida, também é natureza?
Meu equilíbrio se alquebra com dissabores,
maltrato e desamores.
Mas, já é mais que tempo de espantar visagens,
Reconhecer o tempo que resta e despreocupadamente
Adquirir maturidade para ver a luz do sol
Mesmo por traz das nuvens, e viajar...
Viajar nos meus sentimentos,
nadar nas minhas brandas ilusões
Escrever meus poemas a cada dia
Sentindo o sabor da vida na minha própria poesia,
Encarando todas as minhas mais ínfimas emoções.
Sem medo de ter dias de chuva,
E amar plenamente os meus dias de sol!