especialmente para a Ciranda " EU SOU ",
iniciada pelo meu irmão e belíssimo poeta Ernesto Ferraresso
Eu sou tão pouco, meu irmão... Deus é imenso
O amor despreza toda essa arquitetura
Que faz de nós um óleo fora da moldura,
Quando é na alma que ele é sempre mais intenso.
O criador não reinventa a criatura,
O cidadão é um produto inacabado,
Que Deus criou, e é nesse ser fragilizado
Que estão guardados os momentos de ternura.
Sou de uma raça que aprendeu com passarinhos
O doce ofício de voar sobre os abismos,
Seres humanos grandes são pequenininhos,
Quando se entregam a estranhos pessimismos.
E nesse pouco, eu sou tanto, quando Deus
Me dá amigos e irmãos especiais
E sentimentos que são meus e que são teus,
Quando buscamos... com ternura... a mesma paz