Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

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Mai 09

      A liberdade de escolha (concordando ou não),
      quanto às preferências, de leitura, de nossos leitores,
      só a eles lhes assiste, enquanto a nós,
      poetas, cabe-nos persistir, entre o amor e as injustiças,
      nada omitindo ou floreando, ao deixar
      de tratar as coisas, pelos seus próprios nomes, por mais
      que doa, o retrato fiel e doloroso, que está por todo
      o lado, para onde quer que nos voltemos.



      Confesso (de maneira a ficar de bem, com a minha
      consciência), que lendo as estatísticas, certo desgosto,
      apodera-se de mim, ao reparar, de punho cerrado,
      que os leitores, deixam de lado, sistematicamente, poemas
      que falam ao mundo, sobre a triste e vergonhosa realidade,
      de muitos países, assolados pela fome e pela guerra,
      ficando assim sem saberem, o que se passa de facto,
      para poderem formarem um ideia mais concreta, do mundo,
      do qual todos nós fazemos parte, disso não olvidando nunca.
      E ante a natural indignidade, espalharem a palavra, pelas
      escolas, trabalho e amigos, lembrando-lhes que,
      todos os cinco minutos, em África, morrem quatro crianças
      inocentes, por má nutrição e falta de medicina, que nós, no
      Ocidente e outros países desenvolvidos, temos de sobra. 


      
      Vejo também que, tudo que seja reflexão ou pensamento,
      que apenas expõe, a opinião do poeta, e, a quem lê, toda a
      liberdade, de dialogar consigo mesmo, reafirmando ou
      ajustando, o que têm por certo, é coisa sem importância, para
      a grande maioria dos leitores.
      Assim mais inconformado fico, quando, perante, o que eu acho,
      por injustificado (quem não lê, sobre todos os temas, fica a meio
      caminho), consternado, vejo-me obrigado a aceitar, que apenas,
      se dá atenção, a poemas, sobre sexo e amor, de alcova.


      
      Mas como disse, livre é o leitor, ante aquilo, que resolve ler ou
      simplesmente ignorar. Ao poeta, a responsabilidade, de um dia
      vir a mudar tal situação, e, escrever, escrever sem parar, a
      complexidade, desde nosso pequeno, mundo, mas que tanto
      tem para nos dizer.
      Por fim, para os mais acérrimos, nestas coisas da leitura, dizer-lhes,
      que, sim senhor, também eu escrevo, sobre o amor, que de amor,
      seria o mundo. Mas não é. Penso pois, caber-me algum respeito,
      ao por mim delineado, sobre o que penso, deveria ser, a conduta,
      a ter, de agora em diante, por todo o leitor, de poesia e demais escrita.



      
    

publicado por SISTER às 07:11

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