Ah, ela é a mais pura das mulheres, a mais nobre das deusas
Não nasceu, veio ao mundo enviada pelos céus, uma das musas do Zebu,
Chega pra lá urubu!
Não sabe o que é real tristeza, só sabe o que é falsa alegria,
dai seu nome, Sra. Alegria.
Só que ela pensa estar vivenciando a realidade
Pastora ingrata "abestalhada" ignora dos outros a esperteza
Ela é feliz, porque não conhece a felicidade
Ela não é triste porque não sabe o que é tristeza
Desconhece a dor de ver em seus braços
um ente querido fenecer
Não sabe o que ter vergonha por atos de terceiros
e ainda assim, acha-se a felizarda do "pedaço"
Dona Alegria ... só vive a outrem entorpecer.
Convive em plena sordidez, com um dicionário às mãos
consultando palavras de antemão
Achando-se a perfeita " escrevedora" da época...
esquecendo-se de cuidar dos porcos , das galinhas
e cortar as ervas daninhas,
para não virar um matagal,
o seu esquisito quintal.
Não sabe o que é ser feliz, porque sempre foi uma infeliz
Vive cuidando da vida dos outros, sonhando acordada,
ao invés de cuidar de sua própria vida que lhe condiz
Pobre Senhora Alegria está fora deste mundo real
vivendo , endoidecida, num mundo irreal!