Sou um corpo sem alma,
que vaga pelas esquinas
dos sonhos impossíveis.
Sigo à deriva nas asas
de um triste condor.
No céu dos meus dias abstratos descansam
nuvens cor de chumbo
que esfacelam a dor.
No espelho do tempo esqueci de
enaltecer as utopias.
Sigo pelo ao meio do nada.
No peito carrego um coração seco e
uma vida abstraída de emoções.
Tudo é nada.
Abro as portas do infinito do meu ser e
encontro o vazio.
Amanhã não sei quem serei
ou o que serei !
Não importa!
Tudo é mistério
Na terra do nunca habitarei.
A felicidade invisível abraçarei .
Nos braços das vãs ilusões
com certeza morrerei.