Com toda a ufania, própria destes dias,
onde a muitos ainda fica a ideia, de que
basta comemorar, com toda a pompa e circunstância,
num simples e único dia, o que deixam a dever,
a quem trabalha,
respeito e gratidão, pelo seu profissionalismo,
no resto do ano, ao Trabalhador,
se tecem hoje loas, pela sua importância, no
desenvolvimento,
de tudo aquilo, que faz girar o mundo e
a complexidade da vida, de todos nós.


Muitos foram, aqueles, que lutaram (à custa de
prisões e de assassinatos), para conseguirem
reivindicar,
seus parcos estatutos, a modos de atingir,
a dignidade, de quem sempre trabalhou, quantas
das vezes, pelo meio da escravidão, até que se
lhes reconhecesse, o Nome, que lhes é devido.


Tudo o mais é folclore, de circunstância,
para, que, muito poucos, possam limpar, suas sujas
consciências. Convictos, ainda assim, solenemente,
de que, se não fosse a grande humildade, do
patronato, ao qual pertencem,
nunca este dia existiria - ó ralé, de alucinados!