Abra-me tuas portas majestoso salão!
Portas douradas tocadas pelo mistério
Portas que guardam a emoção que me abraça
e me joga em meio a tudo,
em dança suave de gestos compassados,
apresenta-me a paixão...
Tão forte és,
que me fazes esquecer o resto, deixado para trás...
Lá, fora, não importa...
A tristeza da lugar a momentos únicos,
sonhos desenhados, lençóis jogados,
cheiro de amor no ar...
Que senhora esta paixão,
que faz me sentir um general
eleva-me sobre as próprias nuvens...
Ah, mas lá vem o tempo! Mágico de tudo...
Abre-me outras portas do salão
e mostra-me que o sonho acabará...
É instante de acordar, de buscar forças...
A lágrima roça a face
Penetra a alma, que enlutada da às costas,
fecha as portas...
O salão esta fechado!
O que antes era desejo, agora é temor...
O que antes era busca de forças e aconchego, agora evitado...
a crença sepultada...
Ah, este salão de fugas...
Doce, colorido por momentos,
mas tão feroz, sem cor e carrasco por outros;
a espera de me oferecer, quem sabe...?
Outras paixões...
Mas o medo, a dor...
Torna-me fugitivo destas portas de ilusões...