Posso, meu querido, abraçar-te, sem os medos?
Tu não vieste pelos mesmos caminhos que eu.
Não viste os sinais que cada estação me deu,
mas em mim há ainda aqueles sonhos e segredos!
Eu também sequer caminhei nos teus compassos.
Nem vi a dor que te sulcaram o coração,
mas sinto teus sofrimentos e teus cansaços,
e não morreram, em ti, o amor e compaixão!
Hoje sobra-nos um olhar de entendimento...
Nessa envolvência amena, num amor profundo,
quando abraçar-te trocaremos sentimento!
No entardecer do tempo, há luzes reluzentes,
a demarcar nosso amor como o maior do mundo,
revigorando n'alma as ilusões presentes!