Deixei aquele amor
(há tanto tempo)
entre as páginas de um livro
(esquecido)
que pensei tê-lo perdido.
Ele
(o amor)
foi escrito a lápis
entre manchas de beijos de batom.
Um resquício
(muito tênue)
do perfume
(o teu)
ainda fugia das páginas amareladas em semitons.
E mesmo assim,
e mesmo rasgados,
os pedaços
(os meus)
insistiam em se juntar na lembrança doída.
Só faltava a rosa murcha
(a tua)
que eu escondera dos meus olhos,
mas que meus dedos procuravam
folheando avidamente pelas memórias
(as nossas).
E de novo o coração saltita
(o meu).
E de novo minha boca te chama: Amor!
Amor que a vida revira
(a minha).
Amor que eu escondo
(de mim)...
Amor,
(por favor!)
fica entre as páginas da minha vida esquecida!
odeteronchibaltazar