O amor que nos une, tão grande e doce,
Tão belo e constante. Fere nosso peito
Por ser tão imenso. Rasga nossas almas
De suspiros doridos, sem pausa, sem jeito...
Tarde morna, desfalecendo no horizonte.
Banhando nossos olhos de saudade...
A vida vai como quem quer morrer...
Perdida no meio da multidão da cidade...
Afinal... Para que viver, sem o beijo?
Sem o abraço sonhado, tão desejado?
Horas desfalecidas no irritante relógio,
Sem nosso ninho de amor sonhado...
Amor e dor, tanto querer. Tanto!...
Voz cantando na noite seus ais...
Esperanças esmaecidas, retirantes...
Como navio... Afastando-se do cais...
Será que amar tanto assim é pecado?...
Pois que eu nada veja, não mais respire...
Dê adeus ao mundo, ao dia, ao sol, à noite...
E dormindo vislumbrando seu vulto expire!...