Meu olhar tenta divisar quando o sol se funde desmaiando seus raios ...
E minhas pálpebras vão se tornando pesadas, vão parecendo ensaiadas, vão retesando os músculos para admirar o crepúsculo!
Crepúsculo, também da alma, descolorida de dor.
E a natureza insiste em relembrar horas tristes...
Em desenhar o meu ósculo, em procurar os afagos, em procurar entender ...
Que há um crepúsculo da vida que ainda insiste em viver.
Como a tocha da esperança, meu olhar cerrado alcança e voa rumo ao céu.
Uma ave me vizinha, voa leve e tranquila.
Meu coração se aquieta, não há vento, nem açoite, só a presença da noite, abismo, escuridão...
Dormindo meu pensamento...envolto no manto do meu coração.
E a manhã, chega atrasada, de horas tão assanhadas, querendo viver o então!
E o então, então se revela,
E as lágrimas que nem vertentes, pingam as minhas saudades, envoltas pela emoção, ao perceber o crepúsculo... matando minha paixão!