Em meu divagar, por essa Europa,
dizer, que fome passei, mas que
também vi monumentos grandiosos,
nascidos das mãos, de seus Mestres.
Lindos rios, com barcos, de recreio,
levando os turistas, enquanto eu,
em sítio ameno, procurava o silêncio,
eram singeleza, para os meus olhos.
Justo serei, que, nem todos os povos,
se cingiam ao preconceito, tão pouco,
à xenofobia, dirigindo-se a mim, com
respeito, dando-me comida, dinheiro.
Meu encanto maior, era perder-me, a
meio de jardins, belas esculturas, que
faziam, de qualquer cidade, com seus
repuxos de água, líricas obras de arte.
Sentir o sol no corpo, assemelhava-se
a um grande bem-estar, vendo ruas
cheias de gente, e, usufruindo rotinas,
respeitosamente, doando meu sorriso.
A nenhum negava cumprimento, fosse
qual fosse, a língua, do país em causa.
E assim foi que algumas amizades criei,
naturalmente, decifrando hieróglifos.
E subindo montes, visitando planícies
e castelos, belos cavalos, povoavam
verde espaço, e, já eu, escutando rios
através da rude selva, buscava-os.
De tudo, vi um pouco, desde cidades
a florestas; conhecendo pessoas, que,
em ambos os sítios, nada me negaram,
como beber leite, acabado de colher.
Incapaz entanto, de estar muito tempo,
num único país, de correr estradas, era
minha vida, e, logo, mochila nas costas,
à boleia, fazia caminho, de novas terras.