Por mais semelhantes que sejam os dois termos, e pareçam dizer a mesma coisa , existe uma diferença sensível entre um "aprendiz de poeta" e um "poeta aprendiz".
O "aprendiz de poeta" dá, talvez, os primeiros passos na arte da composição poética, aprendendo a rimar "lé com cré" ou mesmo a expor em versos brancos os seus sentimentos.
( Há os que nunca se deixam avançar desta fase rudimentar da poesia, mantendo ao longo dos anos as mesmas rimas paralelas e insipientes presas a "um ou dois" temas somente, repetidos à exaustão).
O "poeta aprendiz" está sempre em busca de novos caminhos, de adquirir conhecimento, de aperfeiçoar a sua poesia através do estudo, da pesquisa, da observação dos fatos cotidianos, transpondo as barreiras do real e da fantasia.
O poeta aprendiz
Não tem medo de errar...experimenta...
Não se perde entre críticas e elogios...prossegue
Não se acomoda na vulgaridade dos versos...
busca a originalidade
Não foge da realidade...esmiúça os fatos.
Não teme a polêmica...mostra a cara
Não generaliza... pontua
O poeta aprendiz aprende a cada dia
nunca está satisfeito com o já realizado
Vive na busca contumaz de um "algo mais"
Desfila roupagens diferentes , às vezes "fashion"
às vezes casuais, às vezes propositalmente chocantes.
Não tem medo de transpor a linha do tempo,
de travestir-se de barroco ou futurista.
Aprender e apreender conhecimento é o que o motiva a prosseguir.
Quem dera que todo aprendiz de poeta
se tornasse enfim, um poeta aprendiz.