O tempo passou,
a fonte do amor secou,
as flores murcharam;
a luz do sorriso apagou,
as vozes calaram,
restando, apenas, as rimas
esquecidas,
em um site qualquer!...
Poesia que, um dia,
foi vida, alegria!...
Brincadeira de criança...
Traços de nós dois,
figuras de um mar de amor!...
Poesia que, um dia,
já distante,
manteve acesa a chama,
viva a inspiração!...
Versos expontâneos,
Onde falava um coração
e o outro respondia...
Um breve encontro de nós dois!...
Encontro de almas, sem depois...
Sonhos rimados!...
Desejos escondidos...
Nas entrelinhas,
um sentir sem tocar,
um amar sem ver!...
Vivo o calor de um amor
que mantinha o coração aquecido...
Sons distantes da voz amante,
imagens congeladas
de uma tela fria,
afagada por mãos
desejosas de carinho...
Dois corações
que a ilusão fazia fortes,
de lados opostos do mundo!...
Como única razão
O sopro da esperança!...
O desejo irracional
de que o amor pudesse
ultrapassar barreiras;
conquistar espaços,
fosse eterno e duradouro;
maior que a distância,
mais forte que as palavras...
Fosse o olhar perceber, sentir
o início da continuidade,
o real sob o irracional do sonho...
Sobre tudo e todos
a verdade...
O vôo da Águia que o Cristal,
exposto ao tempo e ao fogo,
do que não foi dito,
do que não foi visto,
apenas sentido!...
Perpetuou...