Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

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Jan 09


      O cisne é uma ave muita admirada
      em todas as culturas
      como símbolo de elegância.
      Assim, muitos são os contos
      onde pode-se ver cisnes
      que se convertiam em princesas
      e o patinho feio que se converteu em cisne.

      Na mitologia grega,
      Zeus se metamorfoseou de cisne
      para fecundar uma mortal, Leda,
      que dará à luz os Gêmeos e sua irmã Helena.

      O cisne macho é ainda,
      o pássaro sagrado de Apolo.
      No outono de cada ano,
      o deus subia para as regiões nórdicas,
      onde, atrás de uma tríplice barreira
      de gelo branco, reinava a eterna primavera
      do Hiperbóreo, banhada pela quente luz
      de um sol dourado.
      Lá, o deus da Luz, da Sabedoria e da Beleza
      permanecia por seis meses
      entre os cisnes sagrados,
      que, com o retorno da primavera,
      o reconduziam para as primeiras flores
      da ilha de Delos, sua pátria.
      Os helenos da grande época
      às vezes atrelavam cisnes
      aos carros de Dionísio e Afrodite,
      mas, o mais das vezes, ao de Apolo.

      Em muitas lendas dos povos altaicos,
      a ave luz, cisne fêmea,
      de beleza deslumbrante e imaculada,
      é a virgem celeste,
      fecundada pela água ou pela terra
      (o lago ou o caçador),
      para dar origem ao gênero humano.

      Lendas semelhantes são conhecidas
      nos mitos celtas
      e sobreviveram no folclore popular.
      Nesse caso, o cisne é um ser feminino,
      proveniente do Outro Mundo,
      e sua luz deixa de ser masculina e fecundadora,
      tornando-se feminina e fecundada:
      ela é então a luz lunar e leitosa,
      suave de uma donzela cisne.

      Na Grã-Bretanha
      encontramos os principais relatos
      sobre essas fadas célticas.
      Aqui, geralmente essas donzelas encantadas
      que são filhas de um rei Mago.
       Mas há também fadas
      que possuem em sua própria natureza
      a propriedade de trocar de forma
      e transformar-se em um cisne.

      O cisne é o aspecto
      mais frequentemente tomado,
      particularmente pelas mulheres do Sidh
      (fadas da Irlanda).
      Quando as mulheres-cisnes pousam na terra,
      tiram sua plumagem e aparecem nuas,
      muitas vezes perto de lagos
      ou de cursos de água.

      Há muitas histórias de origem celta
      que narram o encontro
      de uma fada cisne com um humano.
      Um homem, que pode ser um caçador,
      pescador, ou príncipe,
      que assiste sem querer ao banho
      de uma ou de várias mulheres,
      todas de rara beleza,
      e roubam seu manto
      ou capa de plumas de uma delas.
      A jovem dona do manto
      se vê obrigada a partir com ele,
      pois não pode voltar sem ele
      ao mundo feérico (Sidh).
      Durante anos se comporta
      como uma boa esposa
      e vive feliz ao lado de seu marido e filhos,
       até que um dia, por um descuido,
      encontra o manto escondido
      e desaparece para sempre.

      A Donzela Cisne
      assume sempre seu destino com resignação,
      se mostra silenciosa e obedece o marido,
      porém não nos equivoquemos com ela,
      em muitos casos a donzela cisne
      adota um papel ativo
      e é ela que elege o homem
      com quem quer casar.

      Em um conto da donzela cisne
      que possui um pai Bruxo,
      esse impõe uma série de provas ao herói
      disposto a tomá-la como esposa,
      mas que é sempre ajudado
      por sua futura mulher.

      A lenda que narra a história de amor
      entre um homem e uma mulher-cisne
      é frequente em quase todas as mitologias,
      tanto orientais como ocidentais.
      Nesta lenda se baseou Tchaikowsky
       para compor seu ballet "O Lago dos Cisnes"
      em 1876, que estreou em março de 1877,
      mas não teve boa acolhida entre o público.
      Como é habitual, a morte de Tchaikowsky
      em novembro de 1893
      se seguiu um ressurgir da obra.
      No ano de 1895 se reestréia  este ballet
      obtendo-se o êxito
      que havia sido negado ao autor.

      Um século depois, no ano de 1995,
      e recreando o argumento
      do ballet de Tchaikowsky,
      Richard Rich estreou um filme
      de desenhos animados
      "A Princesa Cisne",
      desenhada completamente à mão
      e que narra a história da princesa Odette,
      convertida em cisne
      por culpa de um feitiço
      e que só teria aparência humana
      quando os raios da lua se refletiam no lago.
      O amor seria a única força
      que a libertaria do feitiço.

  

publicado por SISTER às 11:05

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