Chamam-lhe poema. Ah, que tristeza!
Pobres sonhadores magoando as palavras
atiradas aos olhos da vida, na noite de cinza
em pasmo que fica no coração das horas!
Frases trituradas, calcadas, fingidas e banais
tentam adornar nadas, dispersos no inexistente
envergonhando a vida que se torna cansada.
Hipocrisia enfeitada e, tristemente machucada!
Se escreva com coração liberto e sem vaidade!
Ai poesia de outrora como te quero e te leio
tuas palavras são idílio das aves a cantar
no coração cheio de sol, em morenos dias.
Procuram adornar-te, em ditos tecidos de nada.
Tentam enganar a vida em expressão altiva...
magoado tema que envelhece e envergonha!
Ai Poetas de outras eras, chorai comigo...