Num ponto qualquer do horizonte
escolherei um outro atalho,
descansarei em alguma fonte.
Lá encontrarei pontos de luz
jorrando em água cristalina,
aliviando o peso da cruz.
Já cansada de tantos desvios
cruzarei a fronteira do breu,
descortinarei a vereda em brilho.
Caminharei mais lentamente
ouvindo os sons da natureza,
no caminho colherei sementes...
Encontrarei o ponto final da distância,
aportarei com minha bagagem
alma leve, despida das ânsias.
Abraçarei a fé e a esperança,
fincarei em solo fértil minhas raízes.
Repousarei os sonhos em terras mansas.
Anna Peralva