Viajamos numa nave que cruzou o infinito
e aterrisamos nesse prado repleto de flores;
acomodou-nos um planeta soberano e bonito
mas que abriga em seu bojo imensas dores.
Existimos como parte de sua natureza,
em bandos formamos colônias de egoísmo,
atravessamos inseguros essa cruel correnteza,
para colher na estação os frutos do excentrismo.
Nada concebe nessa escolha a formação
de colocarmos sempre amor em nossas suplicas;
uma vã filosofia muda em nós a direção
destruindo-nos a fortaleza em fases lúdicas.
Falta de entendimento prolifera em bocas frígidas
imperando idéias de massacres;
vivemos para ser cobaias vivas
De um Deus que nos prende com seus lacres.