Amor é como a morte, vem e vai,
e jaz na eternidade; na verdade
é tal e qual a Carmina Burana,*
um tom qu' esvai a saudade qu' esgana.
Ao poder da riqueza se opõe
a fome do amor, e nada vale
o que se põe no meio da certeza
que une corações pela beleza.
A hidra que me ama multicéfala
não me deixa em paz, e agarrra-me a cara;
ela é quem me fala e me pára
na vereda da frente pra que eu veja
uma realidade diferente
de maneira a que seja só o que sente