Ah dia aquele!...Que chamado às pressas,
fui atender o clamor de um coração desesperado...
Eu tão forte, tão seguro de mim,
de meus passos sozinhos,
para não ser tocado, machucado...
Fugindo do amor...
Eis que te vejo!...
Naquela casa entre os teus, nossos olhos!...
Naquele instante, falaram, um ao outro...
Será você?...
Minha alma tremera...o corpo em calafrio...
Medo!...Medo!...Ah que medo!...
Você com seu jeito fechado
parecia comandar o próprio mundo, algo intocável...
O amigo que me acompanhava disse-me:
"- Pois é meu caro, agora você esta perdido,
entrou naquela casa como alguém pronto a socorrer
e agora quem pede socorro é você!"...
Tentei de todas as formas esquecer-te,
quanto mais fugia desesperado, mais você se aproximava...
Nossa!...Que dia aquele em que te aceitei,
parecia-me que iniciava um novo mundo,
Com você eu conheci o verdadeiro amor,
Em sua pele conheci o verdadeiro prazer,
Em tua companhia senti a palavra proteção...
Com você também conheci a dor, o pecado,
a indiferença, até mesmo a traição...
por nós dois, na ânsia do mútuo esquecer,
Como, se adentrei pelas portas de tua alma?...
Você pela minha, nossos olhos!...
Através desta porta selamos nosso amor eterno!...
Algo tão forte que nenhuma força da terra é comparada,
Amando-nos sentimos a sensação dos terremotos, dos vulcões.
Sentimos a brisa do mar, nosso cheiro se confunde com as flores,
As vozes com o cantar dos pássaros mais raros,
Somos assim, enfim...
Não adianta mais correr,
Entreguemo-nos a este amor de chamas.
Amor às vezes bandido, mais tão forte que tudo supera,
Amar-te-ei pela eternidade!