Quando alongo olhos de horizonte,
percebo a pequenez da palavra pavio,
a complexidade do emaranhado de fios,
a amplitude das coisas sem dono
e a insensatez de vivermos com pressa.
Quando alongo olhos de cidade,
percebo a pequenez da palavra distância,
a complexidade da palavra conversa,
a frustração de acordar de um sonho
e descobrir que somos apenas humanos.
Quando alongo olhos de permanecer,
percebo a pequenez da palavra descrença,
a complexidade do ciclo das águas,
a "infinitude" da palavra caminho,
e reconheço que ainda há muito a aprender.