A boca cala do que o coração está cheio
e fala do que o coração está vazio!
Assim comumente acontece comigo,
feliz, tenho medo, calo-me do doce enleio!
Do coração vazio, choro, esperneio,
preciso enchê-lo de amor a qualquer coisa
nem que seja amor por mim mesma,
mas sendo tanto, em sorrisos entremeio,
Assim deve ser a vida de muitos,
doar em cestos o amor que aumenta,
e mais inventar, pois só ele alimenta
um mundo caótico; e de permeio
plantar flores, destruir agiotas...
Ah! mundo defeituoso, pequena ilhota!