No calvário te segui em muda oração,
Sangrando os olhos, em óleos regados;
Onde sufocada foi tua esperada coroação
Amaldiçoei mil vezes os meu pecados.
Morre o homem sem tempo para a fé
Remidos passeiam livres e soberanos
Abaixo do céu sem esperança, caminham a pé
Desnudados na absolvição, pobres humanos.
Comungo na mesma taça a redenção,
A última proposta aliança;
O sangue jorrado no fogo da maldição.
Prostrada em adoração, ante ao sangue derramado;
Mato o eterno, insano inferno da criação
Para o júbilo do salmo a ser entoado