De teu amor, não sei...
Onde o ardor
que tanto me encantava
sobre o qual derramei tantas lágrimas
hoje intumescem de rigor as minhas saudades?
Sem coragem de arrancar velhas manias
guardei-as nas gavetas...
Onde a esperança
sobre a qual arrematei de sonhos
a paciência da espera
na tristeza anunciada
que cobrem meus olhos
das interrogações desassossegadas?
Onde está o calor
sob o qual adormece a tua pele
nas noites de terra molhada
e de folhas sussurrantes
na solidão das minhas madrugadas?
Onde eu sabia..há muito
que a estrada havia chegado ao fim...?
Já faz tempo que a saudade adoeceu...
na desconfortável sensação
de uma despedida confirmada
numa palavra só : adeus!