Não me devolvas o que tu nem me roubaste...
O amor, amiga, é doação, não é vendido,
Guarda contigo, o amor que tu calaste,
Quando meu grito era mais forte e mais sentido.
Não te incomodes... tuas coleções de afetos
Mais prediletos que eu te dei, são incompletas...
Meu coração possui caminhos inquietos
E emoções tipicamente de poetas.
Os sentimentos que te dei são exclusivos;
Se os devolveres, há de haver no meu olhar
Alguma lágrima que eu nem pude chorar
Quando teus olhos eram vagos... e evasivos.
Meu coração há de dormir nas apatias
De uma saudade sem sentido e consistência,
Quando o amor reflorescer à revelia
Da poesia que brotou da tua ausência.