Sou
um ser nada comum
que veio ao mundo
vestindo a veste comum
para sorrir
amar
chorar
contradizer
realizar
todos os verbos no presente...
Cheguei nada comum
um pouco do avesso
tipo do contra
porque sempre estive
na contra-mão
talvez seja este o segredo
que me faz poetar o amor...
Sou
confusa
absoluta
reativa
nada passiva
tempestiva
nada calculista
sonhadora...
Sou
a menina que nunca cresceu
para nunca perder
o tom singelo do simplesmente
dar e receber...
Sou
ainda que não saibam
não mais uma na multidão...