Quem sou? - Juro que às vezes nem eu sei,
Interrogando-me no mundo em que vivo.
Talvez um caminheiro que de longe vem,
Quiçá um zé-ninguém, um sem-abrigo?...
Procuro e não encontro mais alguém
Que parecido seja assim comigo.
Eu sou aquele que dá tudo o que tem
Até o coração magoado e sofrido!
Sou o que sou; e calmo como um lago,
Sem que alguém saiba que em mim trago
Um sentimento forte, sim, bem forte...
Que nada nem ninguém vencê-lo há-de,
Porque ele é livre; e à minha liberdade,
Algemas não as põe senão a morte!