Sou a mulher dos céus e sou aquela
que também habita os infernos...
Sou noite escura e sou lua clara,
caçadora e caça nas entrelinhas
desta vida e do meu refúgio,
a poesia...
Desconheço a minha própria força,
tamanho e pêso, influência da
mãe natureza que se mostra branda
quando é obedecida e severa
quando há desordem...
Sou ao mesmo tempo a água
que molha a pedra, e sou a própria pedra,
leve, pesada, bruta e lapidada...
A louca que interroga seu próprio
demônio, travando lutas constantes
com a bestialidade...
Conheço os segredos da maldade,
praga maldita e desperta que se
alojam em corpos de almas perdidas,
incrédulas que só se alimentam de
sentimentos negativos...
Um ruído ameaçador do mar...
Sou uma colina de poesia...
Uma lança...
Uma mulher entre as flores...