Poucos são os momentos contigo,
mas que me fazem sorrir.
Depois me recluso
em mim mesmo a sonhar,
sonhar com momentos a dois,
nós dois.
E me vejo como a planta,
que murcha ao sol
carente de chuva.
Como a várzea alagada,
carente de sol.
Como o Pajador sem a Lua,
carente de inspiração.
Como o poema,
carente de tema.
Estou carente,
carente de ti.
Com falta de abraços,
de beijos,
de toques,
da fala,
do calor.
Com falta do encanto,
ternura,
carinho
e amor.
Na carência,
os sonhos
e fantasias
para quem sabe um dia,
deixar de ser
carente de ti...