Durmo tranquilo, porque te sei aí,
      onde o mar vem beijar as colinas,
      circundando as margens do rio,
      que me observa, para além de mim.

      Calçando sandálias, entras mar adentro,
      vendo-o fundir-se com o azul do céu,
      e, soltando teus cabelos, és a natureza,
      clamando o meu nome, à distância.

      Ouvindo teu apelo, que se achega à
      minha janela, dou-te o meu sorriso,
      e, junto meu nome ao teu, que as águas
      farão chegar até ti, aonde agora te molhas.

      Então desço à rua e caminho para o rio,
      sem que nada me impeça, de o fazer,
      arbustos ou animais, e, chegando lá,
      lavo meu rosto e enrolo o teu cabelo. 

      Tuas pernas são as serras envolventes,
      e, teus seios, os montes, que não vejo,
      nessas terras, onde impera o Oceano,
      que, não me deixa ver, teus lindos olhos.