Ofereceram um paraíso imperialista
Vindo de um parto sem dor
Fruto de um prazer incompleto
Deitamos numa cama materialista
Abraçados a figuras de cera
Sonhando com efemérides
A correspondência dos espiritos
Culpa, sensibilidade e razão
Salva nossos pés do chão
Ainda nos resta amor no peito
Mas a voz silencia dentro da caverna
Junto com morcegos hematófagos
Qualquer coisa não podemos aceitar
Somos uma raça orgulhosa
Cheia de vaidades
Não espere outra vida
Prometida por religiões incompatíveis
Que veneram um deus desconhecido
Garantiram o voto secreto
Asseguraram plenos direitos
Com leis impenetráveis
O futuro é dentro do abismo
A humanidade segue os lemingues
Na sobrevivência do forte