O vento engole o meu tempo de espera...
Rugindo como fera enclausurada!
Transforma o meu pensar numa quimera,
E não me deixa ter medo de nada.
Alucinada dentro de uma esfera,
Minha ansiedade sente-se roubada...
Vê-se perdida numa antiga era,
Sem entender porque foi exilada.
Pensa encontrar razão numa ciência,
Que nunca nos mostrou nem explicou,
Do amor, a incontestável transcendência.
Essa força que oscila entre os extremos,
Do tempo que partiu, que evaporou...
E do tempo que está aqui, que ainda temos