Nada é com fé
Corpos pesados
Chão tão perto
Noite quente
Poetas são cães da poesia
Ladram maldições mas não mordem
Companheiros eternos
Mesmo depois
A linha não termina agora
Não tem pontos ocultos
Tudo sendo imaginado
Desembrulhado dentro da cabeça
Suor debaixo do braço
Camiseta molhada de febre
A rua vomitando barulhos
A realidade cozinhando profecias
A cama gira
A cabeça afunda no sonho
Onde a grama é mais verde
E o céu mais azul