Tudo se faz no mundo
Cantando uma canção brega
Planto a terra com o desejo
Faço amor sobre lençóis brancos
Vento a soprar conhecimento
Assovios da intemperancia
Cobice mais um dia do que possa ter
Nuvens no céu cheiram a tentação
Olho o caneta repousando sobre o caderno
Diletante recordo uma mulher
Palavras são muralhas de Jericó
A mão golpeia o ar
Não se deve adiar as ilusões
Nem afiar as facas na escuridão
Tudo o tempo arranca do peito
Fruto que deixa cicatrizes no útero
Parcimonioso grito com os papéis
Futuro de fumaça pardacenta
Reinos de descortesia flutuantes
Chamo a aventurança no vazio