Minhas mãos
sofrem o ardor
de uma miséria eterna
no vazio das estrelas
Minhas mãos
sentem a chama
por um amor de esperança
com o passeio da Lua
Estou indeciso
minhas mãos tremem
ao sabor das ondas
que navegam até ao infinito
Eras a minha rosa
e senti o ardor
de uma paixão nas trevas
talvez perdida
Sinto a tua frieza
como uma flor
com suas pétalas
cobertas de lágrimas
Lágrimas de indiferença
quando eu te chamo
por entre as estrelas
da minha esperança
Ali estou
como uma estátua
mas teu regresso
queima as minhas mãos
Indiferente
afastas-te
sem um adeus
ou um sorriso
E ali fico
no desespero
de um olhar indiferente
e desapareces no horizonte.
Pedro Valdoy