Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

29
Mar 11

      Nesse verso sentido, imortalizo

      o amor e respeito que levo em meu peito

      pelos meus Pais.

      Saudosos Pais!

      Quanta falta vocês me fazem...

      O mundo ficou bem difícil sem vocês comigo,

      Meus ombros amigos!

      

publicado por SISTER às 15:32

No azul que vai nos azuis do céu,
é que eu tenho tudo que é meu,
esperanças que me são devidas,
e as vidas por mim já vividas.

Qual um pássaro que trouxesse,
pedacito do céu que lá houvesse,
um tracito quereria só para mim,
para desenhar uma casita enfim.

A horizonte iria buscar vasto mar,
para o jardim medrando banhar;
e as madeiras eram só recicladas,
com as fileiras mui bem aparadas.

O ocaso não era longe de onde sou,
tosco barco às minhas águas cismou,
à deriva boiava com sentido norte,
e eu e ele buscamos a mesma Sorte.

Nado sol lá estou eu a me madrugar;
remo em círculos sempre a aumentar,
a cadência dos braços; e na lonjura,
a casita que acabou co minha tortura.

publicado por SISTER às 15:32

Sincera, sensível, olhar aguçado na luta do dia-a-dia está lado a lado.

Guerreira, não perde a ternura nos gestos, traz consigo sempre bondade que acolhe.

Segue  missão  com passos certeiros tendo esperança e perseverança na mochila da vida

onde a estrada a leva nas realizações de seus sonhos.

Amiga querida que os anos passem e selem para sempre

essa minha admiração dos que respeitam e sabem reconhecer

as provas da sincera amizade.

Tua amizade me faz acreditar que há pessoas boas

e os dias podem ser feitos de luz mesmo que a escuridão

teime ficar.

 

Colho agora as mais lindas flores.

Rosas, gerânios, hortências com mil perfumes

 e cores para enfeitar com amor seu jardim

chamado coração.

 

publicado por SISTER às 15:30

Ah, dêem-me Rosas!
Rosas brancas, a haver.
Daquelas Rosas,
onde outro não tenha ver.

E quero Rosas brancas,
se não as houver.
Quero tantas mas tantas,
venham elas, donde vier.

Quero banhar-me nelas,
contigo a meu lado.
Quanto mais forem elas,
menos pesado o meu fado.

Mas, ah, eu só quero Rosas
brancas! Assim como a neve.
Em que o tempo são prosas,
e à Natureza, nada se deve.

publicado por SISTER às 15:30

Era após era, heras crescem,
de forma consensual, na casa
da praia, junto ao mar, verde
coralino.

Há grandes línguas de areia,
formando ilhotas, que é de
facto onde se encontra o mar
de coral, ainda invicto.

Tudo é verde, até o belo céu,
que tem flamingos, cor de fogo,
voando em grandes concertos,
buscando rasos lagos.

Nessa casa habita um casal de
velhos pescadores, que agora
trabalha com artesanato, para
vender para fora: outras ilhas.

Mais próximas da civilização e
que eles transportam, em
barcos feitos de bambu, pois
tudo ali é artesanal e sério.

Em troca de sua Arte recebem
bens alimentícios, que guardam
em casas próprias, para a
ocasião, e, assim, nada lhes falta.

Na ilha maior, onde está a casa,
para além das heras, também
há palmeiras e flores indígenas,
aonde crescem e se reproduzem.

Animais temos os marinhos, as
aves migratórias, algumas araras,
tartarugas sem idade e macacos,
subindo e descendo, palmeiras.

Ah, nunca me havia dado conta, do
quanto estava perto, do paraíso,
nestas linhas com que alinhavo,
esta minha simples prosa poética.

publicado por SISTER às 15:29

            Se penso,
            existo;
            apenas
            penso,
            no que
            existo.

            É dado
            obtido,
            porque,
            se me
            sonho:
            existido.

            Existir;
            imaginar
            vida;
            mais que
            por se
            buscar.

            Assim sou
            e insisto;
            pensar
            é existir:
            e nisto,
            persisto.

            Quem pensa,
            forma
            ideia,
            logo
            em ideal,
            se torna.

            Mi vida
            é pensar,
            e existo:
            não o fora,
            como aos
            outros,
            chegar?

publicado por SISTER às 15:27

      Fragrâncias de magnólias,
      no vão das escadas.
      Ternos sabores a flores,
      que tu lá deixaste;
      repercutindo no ar e nas
      janelas, enfeitadas de vasos.

      
      Na rua jardins são memórias,
      de teres lá estado;
      colhendo coloridos enfeites,
      que vais pôr em centros
      de mesas (caem pétalas,
      por sobre os bordados de rendas).

      O sol brilha, no céu exterior -
      a lembrar, teus olhos, ao longe.
      E as esgarçadas nuvens,
      os teus cabelos, dançando
      leve brisa, que se expande,
      para lá, daquele arvoredo.

      És uma pintura viva; linda.
      Tuas mãos, nas minhas, anseio -
      não ser eu o mar, de todos os
      enleios, para te pedir um
      momento, um só momento,
      quando a brisa, fosse nossa!

     

publicado por SISTER às 15:24

Em tudo quanto escrevi,
só ao prezado leitor devi,
o acerto, da palavra -
que, como na terra, lavra,
e deita fora os excedentes,
cuidando das sementes.

Nunca fui, senão eu,
e no verso, o que era de meu;
aquele que diversificou,
no poema, o que lá deixou -
imaginação a aflorar
na folha querendo ficar.

Miles de folhas, dactilografei
(e, de mim mesmo, que sei?);
que sou o nada e o tudo,
neste imenso e verboso mundo.
E nada anseio e nada quero -
de sonhar, então me esmero.

Depois do livre pensamento,
e de ter o seu consentimento,
a mim me venço,
e já me pertenço,
logro então o que julgo saber,
e em rima ou não, sói escrever.

Não sou poeta de um só "tema",
tudo pois tem seu "dilema".
Mais afirmo, que poeta
de uma só "filial, não tem espoleta,
prata explosão,
nem golpe de asa, mais à mão.

Escreve por repetição.
Oh, tamanha desilusão!
Já está tão viciado,
o pobre desgraçado,
que se torna artificial,
como se fora um desgastado ramal.

publicado por SISTER às 15:23

Flores de aço crescem na cidade;
corpos sitiados jazem sem idade;
e os vis corruptos, fogem ilesos,
sem sequer nunca serem presos.

E não lhes comove a dor do povo,
exigindo respeito, num país novo;
refugiam-se em uma ilha sem leis,
para que, meus filhos, aí proteleis.

E a prole, mantém-se no governo,
num insulto, de malo desgoverno.
Só que as flores que ainda restam,
de novo, na rua, lutam, protestam.

E as bancadas do hemiciclo uma a
uma, de crápulas não mais presta
vassalagem, a nenhuns bandidos,
que de jovens, são uns assassinos.

publicado por SISTER às 15:22

     Descendo das vastas
      planícies,
      suas raízes,
      espantoso garanhão,
      negro
      luzidio,
      tamanho coração,
      veio parar
      a uma aldeia,
      para pasmo
      do povo,
      que
      nem em novo,
      se lembra,
      de animal,
      assim, tão
      maravilhoso.


      Crina esbelta,
      ao vento
      e ao relento,
      escoiceou
      no ar,
      pois nunca ninguém,
      o domou,
      e assim continuaria,
      embora
      o tentassem,
      com engenho,
      cobrir-lhe
      o liberto cenho,
      mas de patas
      erguidas,
      maneiras,
      não havia.


      Só uma menina,
      de intentar,
      conseguiu montar,
      o agora seu,
      belo cavalo,
      e como o
      entendeu,
      galoparam,
      de novo,
      para as planícies,
      a perder-se,
      entre ervas,
      a submeter-se,
      à fúria do garanhão,
      (a liberdade,
      que lhe é
      por direito).


   

publicado por SISTER às 15:21

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