Nesse verso sentido, imortalizo
o amor e respeito que levo em meu peito
pelos meus Pais.
Saudosos Pais!
Quanta falta vocês me fazem...
O mundo ficou bem difícil sem vocês comigo,
Meus ombros amigos!
Nesse verso sentido, imortalizo
o amor e respeito que levo em meu peito
pelos meus Pais.
Saudosos Pais!
Quanta falta vocês me fazem...
O mundo ficou bem difícil sem vocês comigo,
Meus ombros amigos!
No azul que vai nos azuis do céu,
é que eu tenho tudo que é meu,
esperanças que me são devidas,
e as vidas por mim já vividas.
Qual um pássaro que trouxesse,
pedacito do céu que lá houvesse,
um tracito quereria só para mim,
para desenhar uma casita enfim.
A horizonte iria buscar vasto mar,
para o jardim medrando banhar;
e as madeiras eram só recicladas,
com as fileiras mui bem aparadas.
O ocaso não era longe de onde sou,
tosco barco às minhas águas cismou,
à deriva boiava com sentido norte,
e eu e ele buscamos a mesma Sorte.
Nado sol lá estou eu a me madrugar;
remo em círculos sempre a aumentar,
a cadência dos braços; e na lonjura,
a casita que acabou co minha tortura.
Sincera, sensível, olhar aguçado na luta do dia-a-dia está lado a lado.
Guerreira, não perde a ternura nos gestos, traz consigo sempre bondade que acolhe.
Segue missão com passos certeiros tendo esperança e perseverança na mochila da vida
onde a estrada a leva nas realizações de seus sonhos.
Amiga querida que os anos passem e selem para sempre
essa minha admiração dos que respeitam e sabem reconhecer
as provas da sincera amizade.
Tua amizade me faz acreditar que há pessoas boas
e os dias podem ser feitos de luz mesmo que a escuridão
teime ficar.
Colho agora as mais lindas flores.
Rosas, gerânios, hortências com mil perfumes
e cores para enfeitar com amor seu jardim
chamado coração.
Ah, dêem-me Rosas!
Rosas brancas, a haver.
Daquelas Rosas,
onde outro não tenha ver.
E quero Rosas brancas,
se não as houver.
Quero tantas mas tantas,
venham elas, donde vier.
Quero banhar-me nelas,
contigo a meu lado.
Quanto mais forem elas,
menos pesado o meu fado.
Mas, ah, eu só quero Rosas
brancas! Assim como a neve.
Em que o tempo são prosas,
e à Natureza, nada se deve.
Era após era, heras crescem,
de forma consensual, na casa
da praia, junto ao mar, verde
coralino.
Há grandes línguas de areia,
formando ilhotas, que é de
facto onde se encontra o mar
de coral, ainda invicto.
Tudo é verde, até o belo céu,
que tem flamingos, cor de fogo,
voando em grandes concertos,
buscando rasos lagos.
Nessa casa habita um casal de
velhos pescadores, que agora
trabalha com artesanato, para
vender para fora: outras ilhas.
Mais próximas da civilização e
que eles transportam, em
barcos feitos de bambu, pois
tudo ali é artesanal e sério.
Em troca de sua Arte recebem
bens alimentícios, que guardam
em casas próprias, para a
ocasião, e, assim, nada lhes falta.
Na ilha maior, onde está a casa,
para além das heras, também
há palmeiras e flores indígenas,
aonde crescem e se reproduzem.
Animais temos os marinhos, as
aves migratórias, algumas araras,
tartarugas sem idade e macacos,
subindo e descendo, palmeiras.
Ah, nunca me havia dado conta, do
quanto estava perto, do paraíso,
nestas linhas com que alinhavo,
esta minha simples prosa poética.
Se penso,
existo;
apenas
penso,
no que
existo.
É dado
obtido,
porque,
se me
sonho:
existido.
Existir;
imaginar
vida;
mais que
por se
buscar.
Assim sou
e insisto;
pensar
é existir:
e nisto,
persisto.
Quem pensa,
forma
ideia,
logo
em ideal,
se torna.
Mi vida
é pensar,
e existo:
não o fora,
como aos
outros,
chegar?
Fragrâncias de magnólias,
no vão das escadas.
Ternos sabores a flores,
que tu lá deixaste;
repercutindo no ar e nas
janelas, enfeitadas de vasos.
Na rua jardins são memórias,
de teres lá estado;
colhendo coloridos enfeites,
que vais pôr em centros
de mesas (caem pétalas,
por sobre os bordados de rendas).
O sol brilha, no céu exterior -
a lembrar, teus olhos, ao longe.
E as esgarçadas nuvens,
os teus cabelos, dançando
leve brisa, que se expande,
para lá, daquele arvoredo.
És uma pintura viva; linda.
Tuas mãos, nas minhas, anseio -
não ser eu o mar, de todos os
enleios, para te pedir um
momento, um só momento,
quando a brisa, fosse nossa!
Em tudo quanto escrevi,
só ao prezado leitor devi,
o acerto, da palavra -
que, como na terra, lavra,
e deita fora os excedentes,
cuidando das sementes.
Nunca fui, senão eu,
e no verso, o que era de meu;
aquele que diversificou,
no poema, o que lá deixou -
imaginação a aflorar
na folha querendo ficar.
Miles de folhas, dactilografei
(e, de mim mesmo, que sei?);
que sou o nada e o tudo,
neste imenso e verboso mundo.
E nada anseio e nada quero -
de sonhar, então me esmero.
Depois do livre pensamento,
e de ter o seu consentimento,
a mim me venço,
e já me pertenço,
logro então o que julgo saber,
e em rima ou não, sói escrever.
Não sou poeta de um só "tema",
tudo pois tem seu "dilema".
Mais afirmo, que poeta
de uma só "filial, não tem espoleta,
prata explosão,
nem golpe de asa, mais à mão.
Escreve por repetição.
Oh, tamanha desilusão!
Já está tão viciado,
o pobre desgraçado,
que se torna artificial,
como se fora um desgastado ramal.
Flores de aço crescem na cidade;
corpos sitiados jazem sem idade;
e os vis corruptos, fogem ilesos,
sem sequer nunca serem presos.
E não lhes comove a dor do povo,
exigindo respeito, num país novo;
refugiam-se em uma ilha sem leis,
para que, meus filhos, aí proteleis.
E a prole, mantém-se no governo,
num insulto, de malo desgoverno.
Só que as flores que ainda restam,
de novo, na rua, lutam, protestam.
E as bancadas do hemiciclo uma a
uma, de crápulas não mais presta
vassalagem, a nenhuns bandidos,
que de jovens, são uns assassinos.
Descendo das vastas
planícies,
suas raízes,
espantoso garanhão,
negro
luzidio,
tamanho coração,
veio parar
a uma aldeia,
para pasmo
do povo,
que
nem em novo,
se lembra,
de animal,
assim, tão
maravilhoso.
Crina esbelta,
ao vento
e ao relento,
escoiceou
no ar,
pois nunca ninguém,
o domou,
e assim continuaria,
embora
o tentassem,
com engenho,
cobrir-lhe
o liberto cenho,
mas de patas
erguidas,
maneiras,
não havia.
Só uma menina,
de intentar,
conseguiu montar,
o agora seu,
belo cavalo,
e como o
entendeu,
galoparam,
de novo,
para as planícies,
a perder-se,
entre ervas,
a submeter-se,
à fúria do garanhão,
(a liberdade,
que lhe é
por direito).