Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

02
Jan 11

Você tem várias irmãs,
Você é parte de nosso "eu", de nossa história...
Você é irmã da dor...Irmã da morte...Irmã da fome...
Irmã do descaso...Irmã da traição...Irmã do fracasso...
Irmã oculta de nossos sentimentos mais profundos...

Ah você, nós faz de grandes homens,
seres sem proteção.
Parados no infinito de seu mistério.
Você que por muitas vezes denuncia
nossos sentimentos, nossas fraquezas...

Outras, nos faz ver o quanto ainda podemos ser gente...
Pois, você, também tem uma meio-irmã,
Ainda, que distante, chamada emoção!...
Que assume em seguida como felicidade...

Está então, ah...Como é linda!...
Surge nos momentos únicos!...
No carinho ao próximo,
em nossas conquistas
que por menores que sejam
nos faz grandes perante o mundo...

Ah...Esta tua irmã...Senhora maior...
Um sentimento que bate no peito, forte!...
Parecendo que o coração nos sai pela boca,
é a compensação de todas as outras irmãs
que nos machucam tanto...

Mas sabe senhora Lágrima,
passei a te aceitar quando vi
que nos dias mais tristes de minha existência, 
um anjo surgia a minha frente
e tratava-me com folhas,
retiradas da pureza do Olímpo...
Enxugando-te logo de meu rosto
e levando ao Senhor esquecimento.


Sinto em cada um destes momentos,
que um ser, o maior de todos!...
E dono de nossos sentidos,
lembra-se sempre de socorrer-me...
Então, logo vejo que a senhora,
mais uma vez,
Passou em meu rosto,
e deixou uma semente
para meu aperfeiçoamento!...


publicado por SISTER às 13:10

Portugal à chuva
com o vento a
acicatar
de nortada as
janelas
abertas
semi cerradas
ao voltejar
do vento
esfarrapado
esgarçadas
nuvens
que plangem
no chão
suas lágrimas
formando
semi círculos
gota a gota
nas estradas.

Passo apressado
um lugar
para o carro
molhando
pessoas
até ao cerne
sobretudo
os sobretudos
com que se
vestem
protegendo-se
das saraivadas
do vento
trazendo
para dentro
as águas
ordinárias
e selvagens
que nos faz
pensar duas
vezes no
clima
de má
incumbência
pelo Homem.


publicado por SISTER às 13:09

Era uma criança como outra qualquer
sonhava um dia em ser adulta, para
ser como seu pai, que ela tanto admirava
e imitava com graça todos os seus gestos
de boa ventura e trejeitos graciosos.

E ela cresceu e foi trabalhar para junto dele
uma fábrica de vidro para carros e montras
bem juntinho de casa onde morava sua mãe
esposa de seu pai, que se amavam muito
desde que ela se lembra de si como pessoa.

Era muito novinha quando foi pela primeira
vez, de mala na mão, trabalhar, mas logo se
apaixonou pelo seu emprego e era vê-la a
cantar e a assobiar canções de musicais bem
conhecidos de todos e assim passava o dia.

Cresceu e se enamorou de uma bela menina
e começaram a conversar e a ir ao cinema
felizes da vida com o seu namoro. Para onde
ia um o outro ia com ela, sempre de mãos
dadas, para onde quer que caminhassem.

Até que, num dia de azar, ao atravessarem a
estrada para o outro lado da berma, a menina
foi colhida por um automóvel e faleceu de
pronto, com o jovem a toma-la no colo e a
chamar pelo seu nome, querendo acordá-la.

Não mais abriu seus lindos olhos azuis e a
partir desse dia, o jovem adulto, não mais
sorriu ou assobiou e deixou de ter gosto pela
vida, que nem o trabalho o animava, a ponto
de o fazer chorar sempre que se lembrava do

acontecido. Culpava-se do ocorrido naquele
dia fatídico, pois podia puxá-la para ele, se o
carro não viesse com tanta velocidade, numa
loucura embriagada. Hoje senta-se à mesa e
escreve poemas que a tragam de volta à vida.


publicado por SISTER às 13:08

Raia o sol lá fora na aurora da manhã
luz dentro de mim com o teu beijo
a claridade fulgente de meu espírito
a sagacidade do pássaro que encanta.

Vejo-te despertar com um sorriso nos
lábios e dou-te os bons-dias com a
aurora na voz; e minhas mãos no teu
cabelo passeiam-se sem se cansarem.

Refulge o amor cá dentro no peito
e assimilamos os gestos dum e doutro
como duas crianças imitando a vida.

Aquece o coração a cada novo toque
abre-se o silêncio para a palavra amor
e nos amamos ao som de nossas vozes.


publicado por SISTER às 13:07

Esta constância em cantar-te
nos versos que te faço a poente
é de orvalho e róscido as palavras
com que feliz a ode se consente.

No mar azul verde de água
cavalos de espuma lançam suas crinas
de encontro os nossos ensejos ansiados
que no areal desenhado o acerbo das minas.

Ah, mas aqui, onde cabe a tua beleza
de flores e organdi o teu cabelo
cerejeiras em flor e borboletas
pomo de terra, de lãs e desvelo.

Rogando aos deuses a inspiração
de ambarina são as tuas vestes
para não ofender a vista do poeta
se as imagens são mais agrestes.

Canto nardos desenhando azuis celestes
da flor a semente que se avivou
raiz profunda do meu poema
que ao sol se expõe e se arrimou.

Ao néctar da vida são as minhas rimas
que da natureza vem a leveza do ser
bate breve, leve, levemente a brisa
até mostrar todo o seu parecer.

E tal como começou esta poesia
versificando a poente o teu conceito
é de mim as estrelas sua luz
quando é contigo, musa, que me deito.


publicado por SISTER às 13:06

Cerejeira de meu amor
jardins grávidos de flores
invoco-te até mim
caracoizitos no cabelo.

Da cor das cerejas ele é
emprestando graça ao teu
rosto, tem sabor de mosto
quando aspiro o seu olor.

Tua face branca me enleia
mãos delicadas como seda
dizem-me um adeus
já tão cheio de saudades.

Saudades de quem fica
saudades de quem parte
e de silêncio são os nossos
dias, quando partimos.


publicado por SISTER às 13:05

Depenicando com
vontade
o passarinho sai do ovo,
sem penugem e
de olhos fechados.

O instinto manda-o
piar bem alto
e abrir o bico até aos
seus limites,
pedindo por comida.

Os pais, felizes com
a ninhada,
apressam-se na busca
de insectos,
que sustentem os pintos.

No entanto estes nunca
se dão
por satisfeitos e piam
sempre que
pressentem os pais.

Os pais vão se intercalando
enquanto um fica
com os pintos
para os manter quentes
o outro tem a tarefa da comida.

A este ritmo louco e
desgastante para os pais
os passarinhos
abrem os olhos e ostentam
já alguma penugem.

A penugem dá lugar
a lindas penas
e os pintos gordinhos
começam a experimentar
as asas.

Porém continuam
exigentes e de bico bem
aberto
continuam a alimentar-se
do que os pais trazem.

Até que chega o dia
de sair do ninho
para irem à sua vida e
meio hesitantes
voam no azul dos azuis.

publicado por SISTER às 13:05

Não mais, não mais
essa vida de indigente
maltrapilho que não tinha mão
na sua vida,
e que não se comprometia com nada.

Não mais é o tudo que digo
para afirmar minha certeza
em conluio comigo próprio
e com minha alma
corrompida pelo algoz da seringa.

Não mais, não mais
essa enfermidade a corroer-me
por dentro e por fora
compenetrada no seu prazer
momentâneo e efémero na sua consistência.

Hoje sou livre
e não mais perderei a liberdade
que consegui com muita dor
e sofrimento
mas de olhos postos no horizonte ao largo.

publicado por SISTER às 13:04

Escrever é um acto solitário
só quem escreve sabe dessa solidão
mas consoante os versos vão
surgindo, o poeta sente-se mais completo
e em comunhão com a sua musa.

Pode ser um acto reflectido
como uma inspiração vinda do nada
sem que se pense no seu conteúdo
ou figurino, as palavras vão correndo pela
folha como galgos de espuma.

No mar que o poema transcende
o azul vai nos azuis
e o céu comunga a transcendência
que o poeta emprega
em cada versículo por ele transportado.

Cavalos loucos percorrem o peito do
poeta indo beber da pura água nas suas margens
e o poema saltita de um lado para o outro
feito bola nas mãos de uma criança
que tem o tamanho do mundo.

Barcos fazem-se ao rio
composto de letras insondáveis
e o poeta pode descansar na sua orla
quando o vate dá por terminada a sua
criação, com a felicidade nos bolsos.


publicado por SISTER às 13:03

Em cada abraço teu nasce um sorriso meu
Massageando os corações, nas mais lindas intenções
Abraço apertado energias trocadas.
Sorriso meu que brota no encanto do amor
Em cada abraço apertado tem meu sorriso dobrado.


publicado por SISTER às 13:02

Sempre estamos em um Caminho
e muitas vezes sem saber onde ir.
O Caminho ideal é o que tem verdadeira vida;
e esta, para existir, depende do amor, do carinho,
e do ideal, pressupostos essenciais.
Já caminhei por tantos Caminhos, tantos Caminhos
que busquei avidamente e depois constatei que
aqueles  não eram os meus  Caminhos.
Caminho que a gente segue empolgado,
até descobrir um gosto de nada, ou por pior,
as vezes, um gosto terrível.

Quem tiver o seu amor cuide bem,
percorram o mesmo Caminho com atenção,
cumplicidade, carinho, assim que  se cultiva o bem maior,
eis que, se ausente o amor, inexiste vida.
Muitas vezes somos acometidos de absoluta  inversão
de valores e esquecemos que o bem maior sempre se
apresenta numa gratuidade linda, comovedora...
É o vento nas plantas, o sorriso de uma criança,
o encontro das mãos, uma saudade consentida e
o perdão que a vida outorga, através de atos simples.

publicado por SISTER às 13:00

Nossa bossa não e nova
e nem antiga, é nossa.
Nossa bossa
se faz de pequenas doses de tempo
em um belo momento.
A busca de nossas almas,
em nossa bossa,
vai à direção aos nossos desejos.
Desejos puros e sacanas,
cada hora em seu momento.
Ouço com fervor
o som de ouvir e graça de dizer.
Música são tuas palavras,
puras e sensuais,
Santas e pervertidas.
Ah! Como amo o que me dizes,
misto perfeito do Santo e profano,
do carinho singelo
e do mais puto desejo...
Vem!
Demole a inércia do tempo sem vigor.
Vem!
Faz a vida girar em sentido do amor...
Somente nesse sentido.
Vem!


publicado por SISTER às 12:59

Meu menino maduro
Tuas palavras mais puras
Me chamam e eu vou
Me espere, e receba
O amor que só a ti eu dou
Meu menino maduro
Que a vida bem conhece
Tua presença me enlouquece
Dizendo que o tempo chegou.


publicado por SISTER às 12:58

Hein, estou indo,

sinto você me chamando:

- vem meu menino.

Muito tempo se passou,

mas tua chamada é presente:

- amo você meu menino.

Receber-te-ei em meu colo

beijarei os teus olhos,

os teus cabelos

na mais Santa inocência.

E depois, uniremos
o Santo com o desejo

VEM!

Vem te quero agora.

Vem que te quero sempre.

VEM!



Vem meu Menino,

descobre o meu corpo,

o tempo chegou.

Ouve, sinta, por favor,

o furor do meu desejo

que sempre te esperou.

Vem menino crescido

O momento chegou,

és Homem/Menino,

estamos no momento

do amor, todo amor.

Vem Menino grisalho,

meu corpo está adulto

esperando o teu.

Não demores,
por favor,
VEM!

publicado por SISTER às 12:56

Janeiro 2011
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