Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

21
Nov 10

Ah, senhor chamado tempo...

Amigo de minhas dores,

Confidente das minhas decepções,

Médico de minha alma.

Tempo que leva as impurezas lançadas,

Tempo que sepulta o rancor,

Ah, tempo!...



Que renova dando-me novas chances,

Tempo que me apresenta os raios de luz

Depois do temporal;

Tempo professor franco,

Amigo doce e amargo;

Tempo de cada dia de vida,

De dias novos para caminhar com dignidade.



Tempo...

Senhor que revela a verdade,

Contra vós nada poderão os falsos,

Os mentirosos, os criminosos...

Tu retiras-lhes as máscaras.

Tempo que faz a história de quem ama,

Sepulta os contos de semeadores da intriga.



Tempo que nos apresenta os verdadeiros amigos,

E, de forma dura os falsos amores,

Tempo que se vai...

Só não vos temem os que contigo vivem

Em comunhão do amor.



Senhor tempo, senhor dos senhores,

Em cujo único comandante é o Rei do Universo,

Dá-me a correção que necessito...

Não temerei o novo amanhecer

Pois que ontem, diante de vós,

Com meus atos cumpri o meu papel.

A ti não temo! A ti me entrego tempo!




publicado por SISTER às 14:40

A chuva trouxe um recado meigo, um doce aviso:
o amor alimenta-se de água, ar e do próprio amor.
Uma saudade meio chorosa
encontra alívio na esperança do encontro.
Sim, vale acreditar que a chuva precede
um lindo dia, e isso acontece,
basta um  processo de fé.

Vontade restaurada de plantar, regar,
dar muito de si, se a pretensão é colher...
Sob os eflúvios do amor e da esperança,
a solidão encontra o encontro,
caminham em novas presenças...
No mesmo caminho do verdadeiro encontro
e de o verdadeiro viver.

Deixar o choro de dentro ir,
até se desintegrar no encontro
com a alegria do choro de fora.
A vida feliz é sempre encontro,
ainda que quando se chore
o bem que ainda não veio.
Cuidar bem do começo é o início da vida feliz.

Mas não se preocupe se não iniciou bem,
a vida começa todos os dias.

publicado por SISTER às 14:39

Ela ia, vida triste, reclamando do amor que não tinha.
- "Reclama não!" - dizia uma voz vinda, não se sabe de onde,
e acrescentava: - "A vida é boa, sempre, e ela pede passagem".
Boa nada! Eu que sou vida, e sei que a vida é coisa braba.
- "Sabe nada!"- a voz contestava.
"Se não está bom é porque você caminha sem calma na alma."

E assim era uma vida, que nem sequer sabia o que era uma vida.
Assim como são quase todas as vidas.
"Ser vida é viver, simplesmente"- filosofava a voz .
"Olhar com carinho e tratar com ternura o perto e o distante.
Amar o movimento, dando atenção, também, ao inanimado...".

Sorrir sempre, apesar de tudo,
o sorriso opera milagres.
Ter amor de vida a vida,
o riso realiza,
o Amor é Milagre.

publicado por SISTER às 14:38

A Lua surgiu e sossegou o meu coração,
porque não é a Lua que sempre surge,
não é lua de todos os dias.
Uma lua que jamais vi, vem junto à noite,
que existe hoje em sua primeira vez.
Que lindo à vida que se quer viver,
bastando querer uma vida linda.
O óbvio da vida, o óbvio de sempre:
Só se vive feliz, quando é ser feliz
que se quer viver.
Vida é pensar no bem com vigília
de proteção contra o mal.
O mal existe e como...
Mas atinge por culpa" in vigilando".
É o Mestre avisou: Orai e Vigiai.

O pior mal é o que promete soluções milagrosas:
sem esforço, bastando pagar um suave preço.
Os milagres são anunciados em promoção...
A televisão na madrugada diz como se salvar,
arranjar emprego, consertar a família, se curar
de doenças incuráveis, erguer empresas...
Quando maior o dízimo maior a graça.
As maiores mazelas deste país são: política e calote religioso.
Ninguém diz nada.  O Ministério Público silencia,
é o desânimo em saber que a denúncia não vai dar em nada...
Pobre país que aceita os erros e se
submete ao crime organizado,
quando ele tem a chancela do governo.


publicado por SISTER às 14:36

Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.


De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.


Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.

publicado por SISTER às 14:34

Um dedinho é isso:
depois digo tudo
o que quero de ti,
minha eterna busca o que sempre ansiei.

Entrei sim,
em um caminho entre você e o céu, sem fim...
Vi certezas e mistérios,
aqueci-me no fogo de um sonho febril.

Entre a música e o silêncio,
entre o invisível e a imagem célebre,
entre o querer e o abominar
existia você, somente você eu queria.

Entre a música na pauta e no ouvido
Entre o fato nulo e o anulável,
existe uma realidade impalpável, você em meu ser.
Sinto que sim e às vezes que não:
não se trata de dúvida,
sim de coisas simples
que é não saber.
Respirar consigo
porque não precisei aprender,
é o que já nasci fazendo,
em nascendo amei você.


publicado por SISTER às 14:34

Sede assim - qualquer coisa
serena, isenta, fiel.

Flor que se cumpre,
sem pergunta.

Onda que se esforça,
por exercício desinteressado.

Lua que envolve igualmente
os noivos abraçados
e os soldados já frios.

Também como este ar da noite:
sussurrante de silêncios,
cheio de nascimentos e pétalas.

Igual à pedra detida,
sustentando seu demorado destino.
E à nuvem, leve e bela,
vivendo de nunca chegar a ser.

À cigarra, queimando-se em música,
ao camelo que mastiga sua longa solidão,
ao pássaro que procura o fim do mundo,
ao boi que vai com inocência para a morte.

Sede assim qualquer coisa
serena, isenta, fiel.

Não como o resto dos homens.

Boa semana.

publicado por SISTER às 14:33

Seja feliz e simples,
somente simples e feliz.

Receber e agradecer o bem,
nada de intervir na origem.

Movimentar-se,
sem cobrança pela graça de viver.

Água que se oferece
em linda gratuidade,
ao pobre e ao Rei.

Muito além de ver,
sentir as estrelas,
e traduzir o seu silêncio em música.

Sentir que a pedra tem vida;
contida, assiste sem nada dizer.
Tem o peso do vento e da flor,
só existe em ação quando exigida.

Cantar no esforço ou na alegria,
desimportando-se se a estação termina,
em sendo cigarra ou formiga,
a morte sempre virá, sucedida em outra vida.

Ser assim, bem simples,
fiel a si mesmo.

Não ser como são os políticos brasileiros
que aleijam a vida.


publicado por SISTER às 14:31

Olha a bolha d'água no galho!
Olha o orvalho!

Olha a bolha da chuva
Logo sumindo

Olha a bolha de vinho na rolha!
Olha a bolha!

Que dura tão pouco
Eternizando-se em cada segundo

Olha a bolha
Olha a bolha na mão que trabalha

E o suor também em bolha
Bolha criando vida

Olha a bolha de sabão na ponta da palha brilha, espelha e se espalha

Bolha em além de bolha é encanto, nasce e se torna Poesia

Olha a bolha!
Olha o amor

Olha a olha que molha a mão do menino:
A bolha de chuva na calha!

Olha o menino que cresce vendo bolha
Comendo olha e fazendo amor

publicado por SISTER às 14:30

Viver não é fácil, mas é preciso viver.
Amor não é somente questão de sentimentalismo,
é questão de lógica e de bom senso.
Sem amor é guerra destruição!
Emoções divergentes se aniquilam,
às vezes, nem mesmo para impor uma convicção,
simplesmente animosidade por ausência de amor.
Quando ausente o amor no agir, hum...
É o interesse pessoal imperando, corrupção,
a busca de tudo pra si.
Bobagem, todo canalha será punido, mas quando?
Assim, com os sofismas bem dotados dos políticos,
fieis representantes dos demônios, haja tempo....
Mas o final chega, sempre,
mas eis ai uma questão que temos que ajudar o tempo.
Elles ficarão vazios, mas temos que agir
para higienizar o clima,
não podemos deixar tudo por conta do tempo.

Muitas vezes a vida que se vive é no acaso e no sonho,
uma regra que gera felicidade, mas efêmera, ilusória...
Querer felicidade exclusiva e ato nulo,
só existe felicidade em lutando por si,
mas contribuindo para a felicidade de todos.
Viver não fácil, mas com a Santa convicção
de fazer o melhor, doação plena da sua parte de fazer,
temos solução.
Viver bem é amar, e o amor faz lindamente bem o fazer.


publicado por SISTER às 14:29

Ou se tem chuva, ou se tem sol

Ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se coloca a luva e não se põe o anel

Ou se põe o anel e não coloca a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,

Quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não posso

Estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo dinheiro e não compro doce,

Ou compro doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo... Ou isto ou aquilo...

E vivo escolhendo o dia inteiro



publicado por SISTER às 14:28

Amor e ternura
E o amor fazendo amor
É o que eu quero

Se o Sol prolonga o envolvimento
Nascido sob a Lua
Uma ou outra não
Boa opção, opção em dois
Isto e aquilo, eu e você

Proteção do frio
Tudo a ver o anel sob a luva
Você corpo junto, você no coração
Subir em além das nuvens
Sem a perda do amor no chão

Se não estou ao mesmo tempo
Em dois lugares
Isso nem lamento
Guardo o meu melhor
Para uso onde posso

Ou isto ou aquilo, tudo bem
Em amando maneiro
Quero isto e aquilo também



publicado por SISTER às 14:27

Nem motivo para reclamar...

Nada ter para dizer justificando minha nulidade no dia.

Dia vazio, um dia que insiste em não passar,

agarrando-se ao nada.

Vontade de virar a página do dia, esse espaço

sem vida, aonde a beleza em Poesia nem sequer perto chegou.

Ah, o que digo afinal, se nem sequer

tenho direito ou motivo para reclamar?

Dizer o quê?

Às vezes, como neste momento sem vida,

socorro-me no chavão dos políticos,

em meu caso com a felicidade de não te nada

a esconder, em compensação,

"NADA A DECLARAR".


publicado por SISTER às 14:26

Como dizem por ai: muitas vezes,
vale mais a versão do que o fato.
Foi um flerte, mais ou menos isso, foram "ficantes"?...
O que se vê é que nem parece que foi um namoro,
um belo e duradouro encontro.

Um distanciamento estava ocorrendo,
o gostinho que tanto animava,
que fazia o dia do encontro um encanto,
esmaecia-se por conta de atritos.
Estava sendo cavando um abismo entre os dois.
Ela achava que tinha sido um casamento,
bela união independentemente da chancela civil.
Ele já nem sabia o que achava,
talvez não estivesse achando mais nada.

O amor tem que ser cuidado, é o que se sabe,
mas às vezes a ação fica esquecida:
atrito, atritos, e eles minam o convívio....
Um defendendo razões do outro; não desse outro, o seu par,
sim de quem não é parte legítima na relação.

Alguém adentra ao relacionamento no propósito de implodi-lo.
Dá tempo de consertar, eliminar obstáculos, mais uma parte
tenta justificar os ataques e arranja várias desculpas para justificar
às agressões; só vê às razões do agressor e o agredido que fique
com os seus tormentos.
E esses tormentos acumulados podem esgotar a relação.
Os tormentos caminham ao lado dos dois.
E assim, um caso anula o outro.
E daí, o que se pensava ser um grande amor
chega ao fim como um passeio numa roda gigante.

Fora das razões do amor tudo se esvai.
Uma boa razão é a defesa do amor,
jamais a razão do ofensor,
quando a ofensa injusta é incontroversa.
Ofensa que se pode denominar de gratuita,
aquela que não opera no revide,
e não tem explicação lógica; o que quer mesmo
é separar quem até então estava bem junto.
Destruir por destruir, existe ânimo assim,e como existe.
Cabe se cuidar, os que vivem uma boa relação.
Não cuidou só resta segurar a dor que o inesperado trouxe;
triste surpresa programada, que de inesperado nada tem.

publicado por SISTER às 14:25

Indo por ai
te vi em um caminho.
Esqueci por onde passei.
Não era pra ter visto, pensei...
Os acasos penso que são
programados lá no além,
lá onde ninguém sabe onde.

Penso às vezes que saber é ruim,
melhor deixar por conta do destino:
o que acontecer não foi por nós,
o impulso veio do acaso,
desse acaso chamado destino.

Mas às vezes também,
penso que deixar por conta
não ilide nossa responsabilidade,
porque somos nós que programamos,
o nosso acaso e o nosso destino.


publicado por SISTER às 14:24

Uma linha
Une e separa/pune e absolve
Vomita e engole/come e corroe
Respira e suspira/dorme e sonha
Glorifica e demoniza/pontifica e santifica
Racionaliza e exterioriza/esquenta e vaporiza
Fortifica e fragiliza/cristaliza e pulveriza

Uma linha
O sempre e a possibilidade /o talvez e a provabilidade
O sim e o não /a loucura e a razão
O tecido e a carne /o algo e o pecado
O fruto e o chão/a mosca e o avião
A partida e a chegada/ a avenida e a cidade
A voz e o altar/ o canto e o pássaro

Uma linha
Explora e devasta/cria e protesta
Escraviza e chicoteia/afoga e martiriza
Adoça e amarga/empresta e penhora
Exporta e deporta/compra e vende
Renasce e bane/vaza e sangra
Solta e prende/casa e separa

Uma linha
A polia e a folia/a fobia e o pubis
A conta e o canto/o páreo e o pátio
O opaco e o lúgubre/a luz e o escuro
A vírgula e a exclamação/o espaço e a interrogação
A cama e o lençol/ o livro e o travesseiro
O corpo e o armário/a vida e a reencarnação

Uma linha
O rio e o peixe/a isca e o anzol
A fúria e o desejo/a ânsia e a vontade
A intenção e a percepção/o olhar e a provocação
O dedo e o anel/a rosa e a roda
A maçã e a saia/ a foto e o fato
O quase e o nada / o antes e o depois

Uma linha
A água e o sabão/a gusa e o carvão
O navio e o porto/ o tédio e o paraíso
A pílula e a concepção/a saliência e o abismo
O trem e a plataforma/a chaminé e a fuligem
A faca e o sangue/o útero e o ovário
O tique e o taque/a espada e o sermão

Uma linha
A flor e o vaso/a cera e a abelha
A sepultura e o caixão/o esmalte e a unha
O palhaço e o circo/ a lenda e o dragão
A uva e o vinho/a manteiga e o pão
O prato e o guardanapo/a colher e o garfo
O fim e o começo/a semente e o fruto

Uma linha
A cadeira e a mesa/ o desenho e o lápis
A tecla e a tela/ a pausa e o enter
O pirotécnico e o burlesco/ o cênico e o cinematográfico
A testemunha e a vítima/ o reú e o juri
A bola e o gol/ o apito e a falta
A cicatriz e a tatuagem/o periódico e o anual

Uma linha
O monte a a fonte/ o forte e a morte
O farto e o fraco/ o malte e a sorte
O parto e o salto/O posto e o ponte
A junta e a janta/o justo e o susto
O canto e o conto/o casto e o custo
A porta e a porca/a chave e a tranca

Uma linha
O aço e a lima/a trava e o portão
A ousadia e a covardia/ o contrato e o contra-senso
O espírito e a carne/ a voz e o silêncio
A cruz e o inferno/a poesia e o infinito
O tapete e o sofá/a pedra e a nuvem
A fome e a doença/a guerra e a paz

Uma linha
A borboleta e a largarta/o batom e boca
O assobio e a língua/o pó e o homem
A lua e as trevas/o desespero e a agonia
O vírus e a vacina/o azul e o céu
O teto e a parede/ o meio e a causa
O vento e a chuva/o diabo e a igreja


publicado por SISTER às 14:22

Novembro 2010
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