Na história dos povos, ditos civilizados, sempre houve o registro de pessoas
oportunistas e, em nossos dias, a realidade não é diferente.
Há criaturas que, além de oportunistas, são também inescrupulosas.
Não é raro, em casos de seqüestro, por exemplo, pessoas se aproveitando do
momento difícil por que passam os familiares do seqüestrado, para tirar
vantagens financeiras da desgraça alheia, dando informações falsas sobre o
paradeiro da vítima.
Também em casos de desaparecimento de pessoas, quando se publica um telefone
para contato, não faltam os oportunistas tentando golpes baixos e
inconvenientes.
Pessoas que dizem ter encontrado documentos e outros objetos perdidos e se
aproveitam do fato para extorquir dinheiro, como se não fosse obrigação
devolver o que não lhe pertence.
Mas, dentre as pessoas sem escrúpulos, umas há que superam os limites da
crueldade. Falamos dos oportunistas da desgraça alheia que surgem num dos
mais difíceis momentos da criatura humana, que é a da separação pela morte.
É comum observarmos esses especuladores da dor, principalmente quando a
pessoa que partiu é famosa. Isso já ocorreu em várias circunstâncias do
gênero, e, lamentavelmente, continua ocorrendo.
E o fato se repetiu quando houve a desencarnação de um cantor sertanejo, que
fazia parte de uma dupla muito querida da população brasileira.
Poucos dias após a seu desenlace não faltaram pessoas para afirmar, diante
das câmeras, sem escrúpulo algum, que estão vendo o morto, que falam com
ele, e trazem notícias para os familiares.
Infelizmente, esses falsos videntes encontram espaço na mídia para o intento
que desejam.
Não se pensa, em momento algum, na dor dos familiares e amigos, que têm que
se submeter ao ridículo de tais ocorrências.
Que a pessoa sai do corpo sem deixar a vida, isso é uma realidade. Mas daí a
entrar em contato com os vivos, imediatamente após o desenlace vai grande
distância.
Os Espíritos superiores esclarecem que a pessoa que deixa o corpo físico
necessita de um tempo, mais ou menos longo, para recuperar-se, no mundo dos
espíritos, conforme seja o seu grau evolutivo.
A grande maioria dos seres que partem diariamente para o mundo espiritual,
passa por um período de perturbação, como quem desperta de longo sono.
Geralmente, pessoas que desencarnam vítimas de enfermidades dolorosas, são
recebidas por familiares e amigos no plano invisível, e não raro, continuam
sendo medicadas em hospitais especializados.
Assim sendo, a pessoa que morre não tem a lucidez necessária para
comunicar-se imediatamente. A menos que seja um espírito muito desenvolvido,
como foi o caso de Jesus, que apareceu quase imediatamente após a sua morte.
É importante que atentemos para esse aspecto e não nos deixemos enredar por
pessoas sem escrúpulos que desejam auto promover-se sem se preocuparem com a
dor do próximo.
Quando o ser que partiu estiver em condições de manifestar-se, e Deus o
permitir, ele virá espontaneamente, pois o telefone chama sempre de lá para
cá, e nunca ao inverso.
Pense nisso!
Os seres humanos partem, diariamente, aos milhares, para o mundo espiritual.
Assim, não podemos esperar que todos mandem notícias para os que ficaram,
pois isso seria impossível.
O bom senso diz que devemos aprender com as várias mensagens ditadas, que
constam de livros e mais livros, e não esperar, de forma egoísta, que
recebamos uma mensagem particular para depois crer.
Pensemos nisso!