Há uma passagem no Evangelho na qual Jesus afirma: Buscai e achareis.
É interessante notar que a atividade consistente em buscar pressupõe um
certo esforço.
Quem procura alguma coisa movimenta os recursos de que dispõe para
encontrá-la.
A promessa do Cristo é que quem procura acha.
Assim, resta a cada um analisar qual é a sua busca pessoal.
A liberdade rege o Universo e cada alma decide o caminho que deseja trilhar.
Caso a criatura se encante pelas ilusões mundanas, terminará por vivê-las,
em alguma medida.
O resultado varia conforme os meios de que estiver disposta a lançar mão e o
esforço que despender.
Tudo tem um custo na vida, inclusive a preguiça e a inércia.
Quem opta pelo comodismo arca com o elevado preço das oportunidades
desperdiçadas.
Considerando a efemeridade da vida humana, convém refletir bem a respeito do
que se elege por meta.
O que realmente compensa buscar com afinco?
Alguns gastam suas energias para enriquecer.
Contudo, as incertezas do mundo dos negócios por vezes causam dolorosas
surpresas.
Ainda que um homem logre enriquecer, ele não poderá levar a própria fortuna
ao morrer.
Fatalmente deixará seus haveres para trás, ao retornar para a pátria
espiritual.
Assim, conquanto nobres e necessárias, as atividades econômicas não
constituem a razão do existir.
A vida é triunfante e jamais se acaba, mas a experiência do corpo físico não
dura mais do que algumas décadas.
Justamente por isso, tudo o que se liga à matéria constitui apenas
instrumento para realizações maiores.
Não é sensato confundir os meios com os fins, sob pena de preparar amargas
surpresas para si próprio.
Constitui desatino comprometer a própria dignidade em troca de gozos
fugazes.
Os valores e os êxitos mundanos ficam no caminho.
Entretanto, a consciência o Espírito leva consigo aonde quer que vá.
Na carne ou fora dela, não pode se livrar de si próprio.
Ciente disso, reflita sobre suas opções.
O que você incessantemente busca, com quais objetivos gasta suas energias?
Dentro de cem anos, suas metas atuais terão alguma relevância?
Sem olvidar suas responsabilidades humanas, não seria mais sensato cuidar de
seus interesses imortais?
Você achará o que procurar, assevera o Evangelho.
Pode ser que o salário de suas buscas sejam roupas caras, passeios e gozos
os mais diversos.
Nessa hipótese retornará ao plano espiritual na condição de um mendigo.
Mas pode optar por ser alguém generoso e de hábitos puros, um autêntico
alento para seus irmãos de jornada.
Se resolver buscar com afinco sua libertação de vícios e mediocridades,
fatalmente atingirá essa meta.
O resultado será uma dignidade espiritual que o acompanhará para sempre.
Pense nisso.
Pedi para estrela guia me guiar.
Me conduzir pelos caminhos,
por onde tenho que passar.
Necessito fazer uma revolução dentro de mim.
Mostrar a que eu vim.
Preciso despertar o meu "eu"
Sair da timidez, da inércia que é breu.
Me empenho, vou buscar na fé, a confiança.
Seguirei em frente no desejo de conseguir o intento.
Não quero ser diferente.
Só quero ter em mente, a transformação,
que pode fazer a diferença.
Necessito moldar meus sonhos,
limitar o desespero,
soltar as amarras,
renovar o antigo,
ter comigo a certeza da fé,
que move montanhas.
Escuto uma canção que vem do céu.
Confio na luz da estrela guia,
que guiará meus passos.
Me aprofundo, não desistirei de sonhar.
Destemida, a vitória hei de alcançar,
sobrepondo as forças,
que querem me derrubar.
Estrela guia, em vós confio.
O rumo da felicidade, me ajude a encontrar.
Cheguei àquele rancho ao pé do monte,
Paredes a cair, telhas quebradas
E vi as mesmas árvores copadas,
E ouvi o mesmo murmurar da fonte.
De longe eu avistei a velha ponte,
As pastagens sem gado, abandonadas...
Os pássaros fazendo revoadas,
Enquanto o sol descia no horizonte
Entrei! A porta então rangeu saudade...
Casa vazia...Suja e a metade
Da mesma mesa ali permanecia...
Lembrei que ao redor da antiga mesa,
Na qual se via marcas de pobreza,
Sobrava amor e paz entre a família.
E a continuar os janeiros,
tão cheios de esperança e ligeiros,
hão de levar-me enfim,
aos braços da maturidade,
à despedida da mocidade,
ao encontro finalmente de mim!
E a continuar os janeiros,
tão cheios de sonhos fagueiros,
hão de levar-me a amores,
risos, ilusões e dores,
momentos bons e ruins...
E a continuar os janeiros,
terei filhos baderneiros,
com histórias tantas e sem fim...
Netos que chegam obreiros,
de dias que correm festeiros,
passando felizes por mim!
E a continuar os janeiros,
hão de levar-me o viço...
Qualquer compromisso!
Darme-ei um sorriso e
asas para a felicidade!
Eu com minha amada...
E a continuar os janeiros,
um de nós vai primeiro !
Triste verdade...
Juntos ou separados?
O que importa?
A vida segue por lá
sem pressa, sem tempo, plena!
Para vivermos uma eternidade...
Fita o mundo em derredor
E a vida que te bendiz;
Soma as bênçãos que te cercam,
Não te digas infeliz.
Onde estiveres, anota
Ao senso que te conduz:
O sol igual para todos
É fonte jorrando luz.
Respirando, dia e noite,
Gastando ar e mais ar,
Pelas bênçãos que assimilas
Nada precisas pagar.
Toda mata é um quadro lindo
Em tela verde e formosa;
Ninguém explica na Terra
A beleza de uma rosa.
Águas claras rolam perto,
Caminha...podes colhê-las;
Tens a noite iluminada
Por lampadários de estrelas.
Atravessas mares, montes,
Primaveras encantadas;
Desfrutas árvores, frutos,
Cidades, campos estradas...
Terra!... Eis a escola bendita,
O lar tantas vezes meu!...
Não te digas infeliz
Na escola que Deus te deu.
Que dá vida,
que urra,
que geme,
que sangra,
que consola.
Mulher parideira,
que ama,
que desarma,
que prende,
que machuca,
que cria,
que grita,
que chora,
que vive,
que ora.
Mulher família,
que é minha,
que é sua,
que é mãe,
que é filha,
que é amante,
que é madrinha.
Mulher que acarinha,
feminina,
masculina,
de vida,
de lida.
Mulher provedora,
de rua,
de casa,
de raça,
que sua,
que gesta,
que ovula.
Mulher de lua,
mulher de mulher,
mulher de homem,
mulher de menino,
mulher de ficar,
mulher de casar.
Mulher que ataca,
que acarinha,
que sorri,
que treme,
que briga.
que consola,
que anima.
Mulher tesão,
que ama,
que aborta,
que furta,
que deseja.
Mulher tristeza,
que vê,
que esquece,
que perdoa,
que padece.
Mulher que ri,
que goza,
que toca,
que rola,
que troça.
Mulher de vila,
de cidade,
de praça,
de motorista,
de lua,
de academia,
de vendas,
de justiça,
de mim.
Mulher de mulher,
pra correr,
pra ficar,
pra ter,
pra tomar,
pra chorar.
Mulher felina,
que entrega,
que dá,
que venera,
que espera,
que é fera,
que lambe,
que fere,
que arranha,
que consome.
Mulher com fome,
que suga,
que chupa,
que cospe,
que fuma,
que tosse.
Mulher do homem,
homem da mulher,
mulher no seu mundo
e seu mundo mulher,
não é simples...
é lindo... o "ser" mulher.
Gosto tanto de você... Gosto muito, um montão.
Gosto de ti nas tuas verdades, na tua distância...
Nas tuas mentiras gosto mais, pois nelas me amarrei,
em um mundo de dúvidas, de promessas,
mantendo sempre a ilusão.
Amarrei-me ou fui amarrado, não sei bem,
só sei que é bom, só sei que é amor.
Muito amor, esse amor distante, longo, antigo, mas novo,
eis que se renova sempre.
Amo-te, em tua permissão carinhosa de quem quer,
mas não faz, mantém distância, aumentando o desejo.
Intriga-me o fato de como sabes instigar-me,
provocando-me forte desejo, mesmo com os corpos tão distantes.
E como dizer de você é complicado e lindo, no fundo mesmo, o que eu
sei dizer, em verdade incontroversa e ancorada
no mais Santo e Profano desejo,
é que te amo, de maneira simples e intricada, ingênua e indecente, simplesmente assim, nada além.
Digo ainda, por derradeiro, que já proclamei ao mundo que em sendo você Poesia, Encanto e Tesão, chegou o momento de fazer amor...
A Primavera está findando, VEM!
Então, dos males que já formavam terríveis batalhões,
impondo agressões dolorosas e injustas,
resolvi fazer a melhor realização, idealizando você.
Também da saudade, da dor expectante,
da espera algoz, fiz você.
Criei um bálsamo, e quando as aflições aumentavam,
vinha em mim, algo sagrado, você.
Nunca mais chorei, deixei meus olhos descansarem na paz
do teu olhar e sorri. Mesmo distante, vi você.
Apeguei-me à tua chegada,
com a ternura maximizada no instinto
de sobrevivência: vi e senti você.
E no teu olhar, em uma quimera escudada no real amor,
fiz-me nascer pra verdadeira vida, nasci de você.
Meus olhos viram a esperança tão próxima, tão eloqüente,
e ela tocou-me; e no efeito do mais puro carinho,
surgiu o bálsamo essencial à vida, ofertado pelo amor,
Você.
VEM!
O meu amor caiu
Não foi uma queda qualquer
Meu amor sumiu
Ah, esse amor que cai
Fica invisível
E ressurgi, hum...
Amor uma vez mais
Livre do medo é um amor assim
Bem simples como o raiar do dia
Gratuito como o ar que se respira
Um amor sólido
Com a leveza de uma pluma
Que dança no ar
Que sorrir, só sabe amar
Sem luxo, pompa, ou altivez
Só se alimenta do que é nobre
Na mais gratuita oferta
Em dando e de receber
Sem arrogância
Eis que, em sua altivez
É manso, meigo e suave
Meu amor não é de antes
E ainda menos do depois
É um amor que não cobra
Tempo ou espaço
Que só sabe existir no agora
O que vem depois?
Ah... ele ignora.
Eu te quero na paz
Que se for, vai por ti
Mas te quero...
Esperando
Numa espera sem tempo
Querendo o que não sei
Se devo querer
Numa vontade indomável de ter
E por esperar tanto assim
Vem logo,
Vem!
Te espero com o aviso
Da mudança de paz
Para o inesperado
Um jogo no escuro
Em que posso perder...
Mas te espero
Te quero
Em uma expectativa quase louca
De lucidez mínima
Que só permita
Te ver chegar
Te espero renunciando a paz
Eis que tua ausência
É um vazio inquietante
Atormentando mais que
O vento cruel
Que transforma a realização em escombros
E porque te espero tanto assim
Não demore mais.
Por você e por mim...
Já que o encontro é inevitável
Vem logo
VEM!
Onde encontrar o prazer?
Em qualquer lugar,
com o coração aberto,
dando chance a si mesmo.
É na esfera positiva
que se goza a vida,
encontra-se alegria,
perfume no ar.
Ao céu eu vou, mas se quero ir,
não devo ser eu, meu único alvo.
Ninguém vive o prazer sozinho.
O verdadeiro bem
não tem sensação de culpa,
em uma boa idéia está a receita.
Em um bom caminho,
caminha o amor.
Nada pode valer-me,
nada pode satisfazer-me,
aqui ou acolá,
se estou em egoísmo.
Se pago o que devo
não sou devedor.
Se não devo, nada me detém,
busco o amor.
Ter prazer, só ofertando...
Ninguém goza
o verdadeiro gozo sozinho.
É dando que se recebe,
princípio do Mestre
Francisco de Assis
E vamos por ai,
o amor corrige o caminho.
Tem momentos que a solidão se impõe
Não é para ferir, é a necessidade de estar
Perante si mesmo
Não se pretende estar longe do amor
É mera questão de tempo e espaço
Não sentir o calor do corpo
O brilho dos olhos distante
Dormir ausente do físico
E do vulto amigo
Da mulher amada
Delirar, sonhar um sonho distante
Pretender um amor contínuo
De conto de fadas
Em mundo real e muitas vezes cruel
Ah, o meu entendimento tem que ser com a vida
Fazê-la entender que caminhar junto é o meu melhor
É o que sempre fiz
É o que aprendi fazer
Meus olhos querem ver além de mim
Precisam mais do que à visão do corpo
Precisam da visão do amor
És linda, sim
Em uma espontaneidade
Tal qual um bichinho
Gosto de te ver, te sentir
Sempre assim
Gratuita
Tal qual se oferece à natureza
Gosto de você assim
Santa
Bem Santa na devoção ao amor
Em cada vez que sinto desejo
Corro pra você
Sei que encontrarei no encontro
Um corpo saciando o meu destino
Porque além de Santa, és Mulher.
Bem mulher, Santa.
Uma Glória teu nome, Glória
Minha Glorinha que chamo
Sempre de Inha
Caminho de Santinha,
Meiguinha, Ternurinha
Belinha...
Linda e doce Putinha
Vem!
Em sendo amor,
flui delicado,
envolvente, delícia...
É o que ele é:
energia maior,
razão da vida
razão pra viver,
vidas sem fim...
Em restaurando vida,
cria novo começo
verdadeiro viver
vida pra valer.
É o amor, sempre ele.
Depois dele,
e a espera dele.
Em amar, acontece o amor
Vem amor
Amor...
Somente você,
porque em você nasce o bem,
razão de viver.
Vem amor.
E por que te espero,
Vem!!!
Olho o Horizonte,
lá onde a vista alcança!...
Lá, onde o Sol se põe
colorindo o céu
de um laranja avermelhado
deixando amostra,
os últimos raios de luz
que vão dizendo Adeus...
Ali, na soleira da porta,
parada, estremeço, sinto um frio
um frio que vem da alma!...
Um frio que a amargura,
faz mais intenso...
A noite está chegando
e com ela, eu sei,
vem o peso da solidão,
a tristeza de estar só!...
Só, eu e eu, sem ninguém
para compartilhar
a beleza da natureza
e, me aconchegando
num doce abraço,
me aquecer do frio!...
Alguém para
me convidar para entrar,
jogar conversa fora
e num dado momento
no meio da noite,
me levar para a cama
e pela madrugada,
me amar...
Ali, naquele mundo
que um dia
presenciou tantas alegrias,
estamos, apenas, nós!...
Eu, a solidão
e uma cama vazia...
Ontem,
Tinha a tristeza como companhia!
Sem ilusões, a vida me parecia vazia,
Desprovida de emoções...
Ah!... Do ontem, quero esquecer...
Um não sei quê de desilusão!
Sonhos mortos, decepção...
Ontem,
Aprisionado o coração,
Navegava na saudade que deixaste,
Quando, sem explicação, partiste...
Ah! a dor da separação!...
A imagem que se perdia do olhar!...
Meu mundo ruindo, destruído,
ontem...
Não quero mais o ontem!...
Não quero mais lembrar!...
De repente, no hoje,
vi a luz de um outro olhar chegando,
um olhar que não estava lá, ontem
e que se fez notar, hoje...
Um mundo que se abriu para ficar,
apagando meus problemas,
deixando a porta aberta para a emoção,
dando novas forças ao meu coração!...
O olhar, o teu olhar!...Hoje...
Minha vida se faz de Paz...
Sonhos vivos, ilusões,
Uma realidade
de verdades e de razões!...
Sou a felicidade que deixou
o ontem no ontem,
para viver o hoje no hoje...
Por amor, amando...
