A paisagem era triste e desoladora... O luto e a dor davam notícias da devastação que a guerra propiciara...
Os gritos de horror se faziam ouvir nas almas dilaceradas daqueles que a morte não arrebatara...
Aquelas pessoas estavam ali como adornos vivos do quadro de miséria e fome que restara da Segunda Grande Guerra...
Entre os sobreviventes havia uma mãe buscando, desesperadamente, saciar a fome do filho querido.
O pequenino sugava o seio materno em vão, pois o leite já havia acabado há muito, por falta de alimentação da mãe.
As horas se escoavam e a solução não chegava...
A fome do filho amado se fazia ouvir nas profundezas da alma, no choro de agonia...
Aquela mãe sentia a vida se extinguir como uma vela que se apaga lentamente...
E porque o seu amor era maior que a própria existência, tomou de uma lâmina e cortou a veia do braço para saciar com o próprio sangue a fome do filho querido.
Na medida em que o filho sugava, com voracidade, o alimento, os braços maternos iam perdendo as forças, e em poucos dias, aquela mãe se despedia da vida física, deixando o fruto do seu amor na face da Terra.
O socorro chegou e fez com que o esforço daquela mãe não fosse em vão...
O filho cresceu e pôde, durante toda a existência, homenagear a heroína que dera a vida para salvar a sua.
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Quantas são as mães que dão a vida pelos seus filhos...
Quantas sentem as forças se esvaindo dia a dia, para que os filhos cresçam fortes e saudáveis, esquecidas de si mesmas...
Quantas heroínas anônimas existem sobre a face da Terra!
São mães sofridas, que passam dias e noites vigiando o filho enfermo, destilando gotas do mais profundo afeto para que o filho sobreviva...
São mães que amargam a dor de um filho delinqüente...
Mães que oferecem o seio descarnado e vazio para que o filho não morra de fome, alimentando-o com a força do amor sublime que emana das profundezas da alma.
Mães que disfarçam os sulcos das agonias suportadas com um sorriso nos lábios, agradecendo a oportunidade de serem co-criadoras com Deus.
Ser mãe é ofertar-se por inteiro para que os filhos de Deus nasçam e cresçam em direção à Luz Divina.
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Se a criança é o futuro, como todos afirmamos, no coração das mães repousa, indubitavelmente, a sementeira de todos os bens e de todos os males do porvir.