Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

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Out 09

Por vezes, você caminha pela vida com o olhar voltado para o chão, pensamento em desalinho, como quem perdeu o contato com sua origem divina.

 

Olha, mas não vê... Escuta, mas não ouve. Toca, mas não sente...

 

Perdido na névoa densa que envolve os próprios passos, não percebe que o dia o saúda e convida a seguir com alegria, com disposição, com olhar voltado para o horizonte infinito, que lhe acena com o perfume da esperança.

 

Considere que seu caminhar não é solitário e suas dores e angústias não passam despercebidas diante dos olhos atentos do Criador, que lhe concede a dádiva de viver.

 

Sua vida na terra tem um propósito único, um plano de felicidade elaborado especialmente para você.

 

Por isso, não deixe que as nuvens das ilusões e de revoltas infundadas contra as leis da vida, tornem seu caminhar denso e lhe toldem a visão do que é belo e nobre.

 

Siga adiante refletindo na oportunidade milagrosa que é o seu viver.

 

Inspire profundamente e medite na alegria de estar vivo, coração pulsante, sangue correndo pelas veias, e você, vivo, atuante, compartilhando deste momento do mundo, único, exclusivo. E você faz parte dele.

 

Sinta quão delicioso é o aroma do amanhecer, o cheiro da grama, da terra após a chuva, do calor do sol sobre a sua cabeça, ou da chuva a rolar sobre sua face.

 

Sinta o imenso prazer de estar vivo, de respirar. Respire forte e intensamente, oxigenando as idéias, o corpo, a alma.

 

Sinta o gosto pela vida. Detenha-se a apreciar as pequeninas coisas que dão sentido à vida.

 

Aquela flor miúda que, em meio à urze sobrevive linda, perfumosa, a brilhar como se fosse grande.

 

Sinta-se vivo ao apreciar o vôo da borboleta ou do pássaro à sua frente.

 

Escute os barulhos da natureza, a água a escorrer no riacho, ou simplesmente aprecie o céu, com suas nuvens a formar desenhos engraçados fazendo e desfazendo-se sob seus olhos.

 

Quão maravilhosa é a vida!

 

Mas, se o céu estiver escuro e você não puder olhá-lo, detenha-se no micro universo, olhe o chão.

 

Quanta vida há no chão...

 

Minúsculos seres caminhando na terra, na grama...

 

A formiga na sua luta diária pela sobrevivência...

 

A aranha, a tecer sua teia caprichosamente, e tantas coisas para ver, ouvir, sentir, cheirar, para fazer você sentir-se vivo.

 

Observar a natureza é pequeno exercício diário que fará você relaxar, esquecer por instantes as provas, ora rudes, ora amenas, que a vida nos impõe.

 

Somos caminhantes da estrada da reencarnação, somando, a cada dia, virtudes às nossas vidas ainda medíocres, mas que se tornarão luminosas e brilhantes.

 

Aprenda a dar valor à dádiva da vida. Isso fará o seu dia se tornar mais leve e, em silêncio, sem palavras, sem pensamentos de revolta, você terá tido um momento de louvor a Deus.

 

Aprenda a silenciar o íntimo agitado e a beneficiar-se das belezas do mundo que Deus lhe oferece.

 

A sabedoria hindu aprecia, na natureza, o que Deus desejou para ela: que fosse aliada do homem no seu progresso, oferecendo o alimento, dando-lhe os meios de defender-se das intempéries.

 

E, sobretudo, sendo o seu colírio diário suavizando as aflições da vida.

 

Pense nisso, e aprenda a dar graças pela dádiva de viver.

 

publicado por SISTER às 12:16

Não... Não podíamos seguir nos digladiando.
  Que coisa amor meu... O amor nos enlouqueceu!
  Vivíamos os dois pelos cantos... Chorando.
  Porém, nosso amor jamais acabou ou arrefeceu...
  
  Não é mais possível seguir... Que pena!
  O mundo conseguiu de vez... Nos desunir.
  Com seus tabus, destruiu nossa vida serena.
  Que nos livre Deus... Do que está por vir...
  
  Longas e intermináveis noites sem luar...
  Vazio no coração, nos recantos da alma.
  Sem poder esquecer ou deixar de amar!
  Sem karinho, sem paixão, sem calma!
  
  Nenhum milagre do céu... Irá de nos salvar.
  Fomos condenados pelas cruéis profecias,
  Jamais poderemos... Livremente amar...
  Nos aguardam fantasmas, ruas sombrias!
  
  Entretanto, ainda sente sede a minha boca...
  Meus poros expelem brasas e doces cheiros,
  Nos meus ouvidos ecoa sua voz suave e rouca,
  Como mil diabinhos e poderosos feiticeiros...
  
  Não... Não poderíamos seguir nos digladiando,
  Não podemos mais voltar ao tempo da esperança,
  Mas seguiremos sofrendo... Amando, amando!
  Abandonados no mundo como duas crianças!

 

publicado por SISTER às 12:14

      Tudo o que tenho hoje...
      Do nada que tive...
      São duas palavras
      Grafadas num livro com seu nome...
      Como um tudo pode ser nada?
      Como o nada pode preencher tudo?
      É como fechar as mãos tentando
      Segurar algo precioso...
      E ao abri-las notar que foi apenas
      Um sonho, um longo delírio...
      Vai assim...
      A vida se acabando...
      Condenando a alma ao exílio...
      O sentimento mais belo
      Transforma-se num martírio...
      Todas as dúvidas e tormentos...
      Ao vazio vou inquirindo:
      Há amor, há paixão?
      Humildade... Compreensão?
      Amei e fui amada?
      Não... Grita a voz da razão!
      Não há nada, nada, nada!!!

     

publicado por SISTER às 12:13

            Caminhei tanto e nos meus passos
            Incertos, eu te procurei amor...
            Adivinhava teu rosto, teu sorriso,
            Teu carinho e o teu calor...

            Pensava sempre:
            - Ele há de chegar um dia...
            Lindo e iluminado...
            Ele há de chegar um dia!...

            Terá a mão macia e firme,
            No peito suave a camisa aberta...
            Um brilho intenso no olhar e sua
            Presença será sempre certa...

            Eu te sonhava na minha insônia
            E te beijava em meus devaneios...
            Via teu olhar cheio de ternura e
            Reconhecia em ti os meus anseios...

            Tudo já longínquo tinha ficado,
            Sendo apenas um sonho, sonhado...
            Provei então a amarga desilusão,
            A tristeza, de nunca ter te encontrado!... 

publicado por SISTER às 12:12


Sinto... No horizonte,
pessoas que trazem
o cansaço, da vida.
Do dia.
Hoje, o céu desfez brilhos
de tempos passados.
Não há estrelas.
Resta um sobre-céu
engolindo planetas
refletidos em sóis.
A sós...
Em esperança de ver,
a claridade de outrora.
Aquela que não virá,
a não ser em labaredas,
de uma fogueira qualquer.
Ou pelas frestas das paredes,
de madeiras, que fazem
pequenas fadas flutuarem
no ar iluminado.
Parado...
Enquanto,
não recebe o jato
de uma respiração.
Que tento segurar...
Em vão.


 

publicado por SISTER às 12:10

        Tem uma folha seca em meu jardim, e pensar que outrora verde impunha sua beleza, sempre que passava por ela admirava tamanha formosura.

        Era só uma folha. Exposta ao sol. Não se intimidava ao ser contemplada, sua importância e valor faziam valer o espaço por ela ocupado.

        Em dias de chuva acolhia os pingos sinceros. Insistentes, no aconchego de mais alguns instantes de vida brilho em seu plano proporcionado. Os pingos traziam uma luz especial em suas tardes acinzentadas. Mas era só uma folha que brotara direto do caule de uma imponente árvore.

        Não se sabe se foi arrancada ou se o tempo cumprindo sua estação a deslocou de sua morada. Ainda no chão estatelada serve de sustento às formigas que de pedacinho em pedacinho vão se alimentando de sua história. De minha janela contemplo a transmutação daquele rebento que enquanto primavera cumpria majestosamente sua missão.

        Hoje, inverno cortante segue a nutrir aqueles que sobrevivem de fartas migalhas por ela assim resumida.

 

publicado por SISTER às 12:09

Seriamos bem melhores pessoas se ao doar
a esse alguém mais necessitado,
o fizéssemos com todo o sentido de
imensa responsabilidade para com o outro,
demonstrando sem equívocos de toda a sua
importância para cada um de nós,
livres do algoz, do preconceito e vil estigma.

Descer até à altura dos olhos uns dos outros,
mostra que nos equiparamos a qualquer ser
humano, igualzinho a nós em todas as
circunstâncias desta vida, por vezes dura demais,
o que nos leva por vezes a pensar intrinsecamente
que nos bastamos como seres individuais: eis aqui
um grande absurdo desta sociedade prolixa.

Temos de dar as mãos uns aos outros pobres ou
ricos e numa conjugação de esforços achar o
caminho para a partilha e para a luta de classes,
todos puxando para o mesmo lado sabendo da
importância de nosso acto, quer no presente quer
no futuro, sem medo de patrões mas ressalvando
a condição humana que nos fez iguais à nascença.

Uma criança só é feliz se feliz vê seus amigos.
Não pede muito apenas que seja considerada
e que lhe achem graça e a estimem,
como ser de personalidade única e afectiva.
E quando vem de lá a saltitar a bola colorida,
olhos pequeninos enchem-se de alegria
e juntos brincam, entre sorrisos, de orelha a orelha.


 

publicado por SISTER às 11:49



Que bom seria que todos se entendessem
sem subterfúgios nem meias verdades,
e assim seguissem em direcção ao horizonte,
para anunciar a boa nova, entre o marulho
das ondas e a clarividência do céu, onde
teríamos por testemunhas
todas as aves de todos os imensos céus.

Que se acabasse de vez com todas e quaisquer
desconfianças, olhando mais para os outros de
que para nós próprios, sujos por uma sociedade
corrompida onde a omissão e o mau
entendimento faz ninho atrás dos ouvidos das
pessoas, que se deixam levar pela oferta fácil,
a inveja própria de quem não se compromete.

De promessas está o mundo cheio e quem
promete, em boa verdade, não tem nada para
oferecer, senão o que lhe falta enquanto pessoa
falha de personalidade, não sabendo respeitar
os demais porque a si não se respeita enquanto ser
humano, incorrendo nos mesmos erros
cruamente, pela facilidade com que se aduzem. 

Entrego de bom grado meu corpo ao sacrifício Inca
e que seja o meu sangue derramado sobre
todos os humanos com dúvidas em saber qual a
sua disposição na Terra, para que surta efeito
colateral e banhe todas as massas desavindas,
entre o seu bem maior: doarem-se uns aos outros
sem nada pedir, em toda a sua humanidade.


 

publicado por SISTER às 11:48

Estar em paz não pode ser nunca estar bem enquanto
outro alguém sofre como mais ninguém.
Estar Zen é estarmos em paz connosco e com quem
dividiu nossas dúvidas, alegrias e tristezas.
Quem escutou nossos medos se não está em paz então
eu nunca o poderei estar.

É-me impossível passar por cima de um amor que
ainda me é muito querido, num misto de pouco caso
ou de indiferença, que não sendo propositado, magoa
com mesma força de um silêncio sinistro.

Brincar é bom, saudável, mas se pelo meio das
agruras o riso continua, isso para mim é somente
inquietude do interveniente, como se este tivesse
arranjado uma qualquer poção mágica, fazendo-o
esquecer-se de tudo o que aprendeu e doou em
tempos como em tudo o que é de valor e deve ser
mimado, como em braços de mãe. 
 
Como do amor nasce o ódio a esta pessoa? Só o gesto pueril
terá um dia seu círculo fechado, e sozinha se há-de
encontrar com toda a sua incúria e o não saber o que teve
em mãos, fará entre espinhos amargurar.


 

publicado por SISTER às 11:47


      Por teus olhos eu via!...

      Por nós dois eu sentia,

      sem entender aquele silêncio,

      o porque de estarmos juntos

      e, mesmo assim, separados...

      

      Nós e uma solidão compartida!...

      No ar uma música triste,

      dividindo espaço com as batidas

      dos nossos corações...

      Cada nota uma lágrima sentida!...

      A magia do momento se revelando...

      


      Nós e o silêncio!...

      Eu perdida de mim, distante de ti...

      Olhando um ponto ao longe

      nos espaços daquela desunião,

      vi a distância infinita que,

      sem compaixão, nos separava...

      Então chorei!...

      

      Vi meus sonhos indo embora

      pelas mãos da falta de entendimento,

      que se colocava entre nós,

      impedindo o diálogo,

      o que daria fim àquela separação!

      Eu estava só...

      

      O momento se fazia

      de um romantismo silente!...

      Música e encantamento

      faziam mais perceptíveis

      nossos vazios,

      maior o espaço entre nós...

      E teu silêncio me dizia

      que para nós não haveria

      amanhã...

      

      A distância que te colocavas

      impedia que  eu me aproximasse!...

      Abafado o som da razão,

      marcava o compasso da emoção

      do momento...

      Então percebi que a solidão

      seria a página seguinte

      daquela partitura...

      

      Me senti morrer de dor!...

      Onde estava o erro?...

      Porque não percebias

      o quanto eu te amava?!...

      Te sentia triste, me sentia

      amargurada!...

      

      Queria o calor de tuas mãos,

      o calor dos teus beijos,

      o consolo da tua voz!...

      Em mares de amor contigo navegar!...

      Sonhei e acordei, nada acontecia...

      Estávamos ali e o fim era iminente!...

      Era um  mundo a nos separar...

      

      O olhar que não aconteceu,

      a carícia que se perdeu,

      o beijo não dado, não recebido,

      o amanhecer não compartido,

      o silêncio que precedeu o início,

      marcaram o fim de um amor...

      

      E o mais triste foi entender!...

      Vi, por percepção, que me olhavas,

      mas não me vias...

publicado por SISTER às 11:44

      Em frente ao teclado, o Poeta!...
      Na tela, uma página em branco,
      n'alma um mundo fervilhando,
      tanto a dizer e nada!...
      São tantos os sentimentos,
      que num emaranhado,
      querem brotar d'alma,
      que se sente pequeno,
      sem forças para coordenar
      o que lhe vai no peito...
      É alegria, é tristeza!...
      É amor, é dor!...
      Injustiças, tragédias,
      mil outras visões
      que o fazem calar...
      Então revendo,
      querendo sempre se pronunciar,
      percebe o que o faz calado,
       diante da grandiosidade
      do que sente: é o estar só
      com seus fantasmas,
      perdido de si mesmo...
      Caminha até a janela,
      olha a noite e sente
      a incoerência do ser Poeta!...
      Ter no coração
      aquele mundo, que não deixa vazios
      e, num outro lado, um outro mundo,
      onde impera uma triste e amarga
      solidão...
      Pensa!... Melhor ir dormir...
      Quem sabe um outro dia,
      numa outra madrugada,
      encontre formas de se expressar,
      ver e sentir o mundo
      com mais simplicidade...
      A inspiração lhe seja
      mais amiga...

publicado por SISTER às 11:43

No reino das construções imperfeitas
O dragão do mal mora na floresta
A se alimentar de carvão e flores secas
E a princesa vive sem o príncipe
Por que as coisas são como são?
Por que as coisas são como são?

Eu não entendo da arte
Finto o destino com altivez
Você me fez chorar
Você me fez sofrer
Mesmo sendo um anjo
Perfeita,sem erros e cruel

Tanta dor cravada em mim
Repressão aguardando salvação
Perpétua perfumada acorrentada
Regressão do quê não se sabe
E nunca virá dos espinhos
Reunião de espíritos seculares

Espero seu olhar no espelho
Amante das coisas boas da vida
Nada desejo do céu ou do inferno
Aqui você tem as palavras certas
A pele macia,oceânica
Que conduz ao labirinto da paixão

E um futuro confuso açoita
Luz parda no meio do escuro
Falta alguma coisa na pauta
Horrível bestião de prata
Taxa-me de indigno, infértil,doente
Mastigando a dita esperança na boca

Mas sem o abraço trêmulo da amada
O mundo real nada significa
Na totalidade semântica do uni_verso 
Estes 3/4 de H20 E NaCl que carrego
Apenas uma relação semelhante
A quantidade de água e sal no planeta azul

Não quero saber de sonhar
O peito já está arranhado
Compungido e rachado
O coração preso à um peso de ferro guza
Transporto para o abismo do saber
Prendo a respiração por segundos

Não ouço mais as vozes das sereias
Nem cantos secretos das ninfas ,
Afundo no ar feito um papel dobrado
Enquanto um outro Neruda
Passeia na praia fria
De braços dados com a brisa


 

publicado por SISTER às 11:42

Você pode não entender esta língua
Mas entenderá o que falo
Quando seus lábios gulosos
Encontrarem minha boca faminta

Mentiras do passado

Você pode não entender estas palavras
Mas entenderá o que escrevo
Quando suas mãos ávidas
Encontrarem meu corpo suado

Mentiras do passado

Você pode não entender este silêncio
Mas quando seus olhos
Encontrarem o fundo castanho dos meus
Entenderá tudo o isto quer dizer

 

publicado por SISTER às 11:40

Na beira do mato

Oculto pelas sombras
Coelhinho
Em movimento rápido

Depois da cerca

Horta verdinha
Folhinhas deliciosas
Tentações suculentas

Cai a tarde

E o sonho sorri
No rostinho do logomorfo
Dentinho aparecendo


 

publicado por SISTER às 11:40

Antes de nascer
Antes de surgir
O sol
Apenas uma porta para entrar
Apenas uma janela para sair
O sol
Um perfume em cada flor
Um poema em cada um
O sol


 

publicado por SISTER às 11:37

Outubro 2009
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