Lá vai o homem, de dentro do homem
      Esgueira-se buscando a liberdade
      Foge das dores que à alma consomem
      Parte em busca da sua verdade

      Pisca o homem, de fora do homem
      Fingindo sonhar na mais tenra idade
      Sonha os sonhos  que no tempo somem
      Vê-se a fugir da geral realidade.

      Passos pequenos em grandes espaços
      São grandes passos ao longo da vida
      Passos silentes matendo o compasso

      Anda o homem por sobre a terra
      No palco é ator  da peça vivida
      Que em seu peito agora se encerra.

            Ah, a falta, de tua presença, meu amor,
            é como que, um não estar em mim,
            solidão sem igual,
            maior, muito maior, de que todos os
            céus ou, ao longe, os mares,
            deste pequeno mundo,
            que não foi feito, para estarmos sós.

            
            E, buscando-te, em cada silêncio ou
            esquiva sombra, na esperança, de te ver
            chegar, a qualquer momento,
            passado é o tempo, e, sem que te veja,
            sobressalta-se-me o coração, e,
            como aquele pobre louco, que ri, para não
            chorar, assim eu, por te imaginar.

            
            São leves olores, acercando-se de mim,
            de mil cores, se vestindo. E, levantando-me,
            vou de jardim em jardim, colhendo,
            as mais belas flores, aconchegando-as,
            a meu peito, ainda mal refeito, pela tua
            ausência. Porém, por cada flor, ou novo
            botão, sei que perto estás, ó grata devoção.

            
         

      Quanta verdade, pode haver, numa
      pessoa, se se baseia, num demagogo e
      totalmente pensado, pensamento egoísta,
      adormecendo, propositadamente,
      sentimentos,
      que venham a trazer-lhe, indesejados
      remorsos, para assim então, deixar,
      um rotundo não, a tudo e a todos, sem
      que a culpa lhe advenha, completamente
      narcotizada, em seus automatismos,
      bem acordados e sintonizados, como quem
      estuda, com antecedência, o papel a valer-se.



      Claramente estamos a falar, de uma pessoa,
      deveras alucinada, que perdeu, todo e
      qualquer, sentido de realidade,
      que lhe permita sair, em sanidade, da loucura,
      em que se foi deixando enredar, quer por
      solidão, quer porque, a sua imaginação, a
      ultrapassou.



      E, a meio, da imundice, fez a cama, onde
      agora se deita, por falta de respeito, continuado,
      para com todos os outros, usando de seu pior
      cinismo, para rebaixar e menosprezar, toda e
      qualquer, aproximação, dos que ainda, se tinham,
      por seus amigos, porém altiva se mostrando, a
      tudo isso, com um simples sacudir, de ombros
      e um repúdio, por todo e qualquer, ser humano,
      ao qual, nunca fez questão, de esconder,
      destruindo tudo mas tudo, à sua volta, com
      aquela maldade, de quem está profundamente
      doente, vivendo de sonhos, inconcebíveis.



      E assim é: seus comportamentos maldosos,
      ironicamente ou não, são o seu amargo de boca,
      que, nos demais, vai deixando,
      em redoma se fechando, logicamente. infeliz.



   

Nascido no meio das extensas planícies,
ainda em potro, mostrara ser um animal,
muito diferente, de seus companheiros,
correndo de cá e para lá,
incansável e feliz, por uma liberdade,
desde cedo, tida por seu direito, natural
e intocável.

 
Apesar de preferir andar só, de subir às
montanhas, para ver o sol nascer, ou
descendo estas, para saciar a sede, no rio,
lá mais em baixo, correndo atrás, de
outros animais, aos pinotes, nunca ele se
negara, a novas descobertas, e foi assim,
que descobriu, o que comer, quem evitar.


Mais tarde, um belo garanhão, todo preto,
já com seu próprio harém, de múltiplas
fêmeas e território, bem delineado, era
soberbo, ver suas demonstrações, de força
e de pura felicidade, crinas ao vento, como
que sorrindo de confiança, num galopar
elegante, corpo perfeito, reluzindo ao sol.


Deixando para trás, as fêmeas, lentamente
troteava, em direcção, aos seus pais, para
os cumprimentar, em
toques de focinho e de encostos de corpos,
baixando e subindo, sua cabeça, num perfeito
sinal, de imenso respeito, para com os seus,
acariciando-se, entre pequenas mordidas.


E erguendo as patas dianteiras, no ar, filho do
vento, lá voltava a partir, para o que nascera.
ser o cavalo de todos os cavalos, o escolhido.


 

      Cadáveres de barcos, atolados entre a areia
      das dunas, não muito longe, da língua
      de água, do imenso mar, que já foi deles,
      vão-se deteriorando, aos poucos, por
      influência do sal corrosivo e da ferrugem,
      que de tudo se vai apoderando, sem piedade.


      Enquanto isso, o mar, sempre inquieto,
      continua o seu vai e vem, constante.


      Quem sabe, se por cada onda deixada, na
      praia, uma recordação, se agiganta, e, cavalos,
      de espuma, lembram de quando, os barcos,
      outrora fortes, singravam águas, ao sabor do
      vento e das marés, sempre pela voz do capitão
      e de seus intrépidos e fieis, marinheiros.


      Mas é em chegando a noite, que, o vento,
      ao entrar e sair, pelos buracos abertos, na madeira
      ou no ferro, das embarcações, num rugir
      assustador, mostra bem, que a morte, de há
      muito, se fez presente, em cada uma delas, e,
      que, de pouco,
      lhes vale, a placidez e toda a beleza, do Oceano.


      E nasce um novo dia. E, num último olhar, tendo
      o som do mar, por fundo, despeço-me, com toda
      a honra, destes baluartes, dos mares, de todo o mundo.


     

      Um dia na vida eu acreditei
      Acreditei nos homens
      acreditei nas leis
      também acreditei nas religiões
      assim como em tantas boas intenções
      acreditei nos amores e também nas paixões
      Por somente acreditar, o quanto sofri
      por tanto e tantas que errei
      por tanto errar , por tanto cair
      ser levantado e levantar
      machucado, cambaleante..
      me por novamente a caminhar
      sozinho ou em muito poucas vezes
      com algum amigo que seguiu o seu caminho
      e novamente sózinho me vi
      então, nao mais acreditanto
      de tudo e todos duvidando
      por tantas marcas e cicatrizes em mim
      compulsoriamente a vida foi me moldando
      talhando a seu bel prazer a viva carne
      carregando o peso do corpo cruz  na alma
      que quando mais pesada cruz...
      mais luz chegava, ao meu caminho, a minha vida
      A luz da Fé... que brilha, que o amor ilumina
      Fé....o acreditar com amor, com cósmica energia
      A Fé que a tudo remove, inclusive montanhas
      A Fé que é solução,
      A Fe do possivel para qualquer impossivel
      A Fé no crescimento interior...
      A Fé na vida, com esperanças vivas,
      com sonhos de sementes viçosos
      de onde  brotam....as realizações, a felicidade, a Paz...e
      na Flor maior, desabrocha Amor...
      Perfumes da Fé.....

  

      Um dia en la vida yo creí
      Creí en los hombres
      creí en las leyes
      también creí en las religiones
      así como en tantas buenas intenciones
      creí en los amores y también en las pasiones
      Por solamente creer, cuanto sufrí
      por tanto y tantas veces que me equivoqué
      por tanto errar , por tanto caer
      ser levantado y levantar
      dañado, cambaleante..
      ponerme otra vez a caminar
      solo o muy pocas veces
      con algún amigo que siguió su camino
      y otra vez solo me vi
      entonces, no creyendo más
      de todo y todos dudando
      por tantas marcas y cicatrices en mí
      compulsoriamente la vida me fué moldeando
      tallando a seu gusto la viva carne
      cargando el peso del cuerpo cruz  en el alma
      que cuanto más pesada cruz...
      más luz llegaba, a mi camino, a mi vida
      La luz de la Fé... que brilla, que el amor ilumina
      Fé....creer con amor, con cósmica energía
      La Fé que todo remueve, inclusive montañas
      La Fé que es solución,
      La Fé de lo posible para cualquer imposible
      La Fé en el crecer interior...
      La Fé en la vida, con esperanzas vivas,
      con sueños de semillas saludables
      de donde  brotan....las realizaciones, la felicidad, la Paz...e
      en la Flor mayor, crece Amor...
      Perfumes de la Fé.....

     

      Sentado na minha pedra preferida
      recostado na arvore da minha sombra escolhida
      ao lado do regato que escorria a sempre cristalina água
      me lembrando daqueles dias que naquele recanto passamos felizes

      Do meu coração, como naquele riacho,
      minhas lembranças escorriam, na minha frente passavam
      tão vívidas que um filme pareciam...de cada momento
      As flores frescas do mato, as lembranças perfumavam

      As réstia de luz que pela folhas passavam, o brilho do seu olhar
      Os sons das águas do regato, a alegria do seu sorriso
      Aos olhos fechar sentir seu toque na brisa que acaricia minha face
      O farfalhar das folhas ao vento como seu soçobrar ao nos amar

      Fico ali, perdido no tempo, somente em ti a pensar e sentir
      No bem que me fez ao te conhecer , te conquistar, te possuir
      Ser possuído pelo seu amor que me fez apagar todo um passado
      Passado que parecia ser o futuro monótono dos meus dias

      Como podia imaginar que alguma água mansa
      daquele cristalino e manso regato
      tivesse vindo de oceanos, de algum cúmulo
      que nestas terras se derramasse

      e nelas se infiltrassem, até renascer nessa fonte.
      Aprisionadas na minha memórias, na minha mente
      manancial das minhas escorridas lembranças, não de saudade,
      mas de felicidade por ser você as águas da minha nascente

    

      Sentado en mi piedra favorita
      recostado en el árbol da mi sombra preferida
      al lado del riachuelo que escurría la siempre cristalina agua
      acordandome de aquellos días que en aquel recanto pasamos felices

      De mi corazón, como en aquel riachuelo,
      mis recuerdos escurrían, delante de mí pasaban
      tan vívos que una película parecían...de cada momento
      Las flores frescas del bosque, los recuerdos perfumaban

      Los rayos de luz que por las hojas pasaban, el brillo de tu mirada
      Los sonidoss de las aguas del regato, la alegría de tu sonrisa
      Cuando cierro los ojos siento tu toque en la brisa que acarícia mi faz
      el crujir de las hojas al viento como susurrando al amarnos

      Allá estoy, perdido en el tiempo, solamente en tí pensando y sintiendo
      El bién que me hizo conocerte , conquistarte, poseérte
      Ser poseido por tu amor, que me hizo borrar todo un pasado
      Pasado que parecía ser el futuro monotono de mis días

      ¿Como podría imaginar que alguna agua mansa
      de aquel cristalino y suave regato
      hubiera venido de oceanos, de algún cúmulo
      que en estas tierras se derramase

      y en ellas se infiltrase, hasta renacer en esta fuente?.
      Aprisionadas en mi memoria, en mi mente
      manantial de mis escurridos recuerdos, no de añoranza,
      y sí de felicidad por ser tú las aguas de mi fuente.

    

As nuvens baixias tomam a cor da romã.
O sol, na linha do horizonte,
acende luz às gotas de orvalho.
Manhã.

O sol a pino ,
avisando-nos com seus raios,
dando-nos luz  e calor
Manhã

O corpo exposto arde.
Incide a luz, o astro rei a pino,
dando pouca margem às sombras.
Tarde.

O corre-corre da vida,
a metade do dia,
que aos poucos se acinzenta
 o trânsito aumenta.
Tarde

Às almas amarguradas, horas de açoite.
O Sol carrega sua luz e a
esconde atrás dos montes.
Noite.

À terra seu negrume,
rainha da noite surge,
vai-se o astro-rei,
e brilha o étéreo
Noite
 

A Aurora de um novo dia
Rosada, no horizonte se anuncia
Abrindo passagem para o Sol que ilumina,
Manhã

Horizonte alaranjado, nuvens púrpuras
Amenizam o calor na tênue luz do Sol
Que mansamente se despede.
Tarde

Céu de azul aveludado
Manto bordado com estrelas cintilantes
Palco para a Lua de todos os enamorados.
Noite

("Não importa como o Amor vem, seja uma amizade, seja uma paixão,
pois a forma muda, mas nunca o amor, sabedoria e aceitar o amor como ele é.")
 
Tantas vezes perdido entre a frustração de um passado que não volta ou a expectativa tola de um futuro que não se revela. Sentimos a dor pela perda ou não aceitamos que aquele ou aquela a quem amamos se vá.
 
Talvez sejamos egoístas demais e não saibamos ver que no fundo nada, absolutamente nada se perde tudo se transforma até mesmo o sentimento, assim não é do amor que realmente reclamamos, reclamamos que sentimento que nós é dado não é o que queríamos.
 
Conseqüentemente sofremos por carregarmos a ira da não aceitação em nosso coração, alimentamos a dor e frustração, por não sermos capazes de aceitar a vida como ela é.
 
Assim sendo nos vale pensar se amamos de fato alguém ou amamos apenas aquilo que julgamos ter nas condições e imposições que queremos.
 
Afinal Amar é entender que o amor não deriva do próximo nem mesmo tem suas raízes nele, o Amor vem de dentro do fundo de nosso eu interior, e somente quando somos capazes de nos amar somos capazes de entender o verdadeiro amor.
 
Amar verdadeiramente significa aceitar o amor sem regras ou imposições, entender que não importa se o sentimento que nos é dado vem como uma amizade ou algo há mais, pois no fundo muda-se a forma nunca o sentimento.
 
Amar e estar pronto para aceitar viver o agora, sem as sombras do passado ou expectativas do futuro.
 
Para finalizar esse texto gostaria de citar a história do jardineiro.
 
Havia em uma cidadezinha um jardineiro que queria que o seu jardim fosse o mais belo de todos.
 
Olhava pelo seu muro e via sempre o outro jardineiro da esquina com seu jardim lindo cheio de pássaros e borboletas.
Com o tempo foi ficando indignado e não entendia como o jardim do vizinho era mais lindo que o seu, um dia não agüentando a curiosidade perguntou a ele o que fazia para que seu jardim sempre fosse o mais belo de todos.
 
O vizinho olhando-o em seus olhos disse:
 
- Durante muito tempo queria que meu jardim fosse o mais belo de todos, copie inventei e sempre procurei nos outros a formula mágica, mas quanto mais procurava nos outros mas infeliz e superficial o meu jardim ficava. Contudo no dia que parei de esperar e comecei a cuidar do meu jardim dando a ele amor, carinho e proteção sem me importar com o que receberia em troca o jardim começou a crescer e ficar belo.
Sinceramente acho que o segredo não é procurar fora aquilo que sempre esteve bem dentro de nós.

O Agora fez querer
Assim sendo então Ser
Uno ao teu princípio
Luz no infinito

Quer Voar sem ter caminho
Caminhar assim contigo
Na plenitude que se renova
Ouso hoje faço Agora

Uma estrela ilumina
Renasce e anima
Da trindade nasce a lei
Que transforma e modifica

O que antes era cinza
Transmuta sua forma
Ao Amor então transborda
Para sempre e Agora.

Nenhum poema

Em cada caso/um caso
Em cada palavra/um pouso
Em cada pensar/um soluço

Em cada janeiro/um dezembro
Em cada loucura/uma alcoolexia
Em cada tortura/uma frase

Em cada ferida/um assopro
Em cada vaso/uma flor
Em cada olhar/um balaço

Em cada encontro/um acaso
Em cada prato/um excesso
Em cada marcha/um passo

Em cada lembrança/um rosto
Em cada música/um compasso
Em cada beijo/um adeus

Em cada projeção/uma limitação
Em cada erro/uma compreensão
Em cada mulher/uma paixão

Em cada linha/um laço
Em cada partida/um abraço
Em cada quase/um esforço

Em cada distância/um desejo
Em cada fantasia/um berço
Em cada coração/um peso

Em cada tradução/uma vertente
Em cada serra/uma nascente
Em cada asa/uma corrente

 

Todo mundo chega aos quarenta
Todo mundo desce a montanha
Parece que foi ontem
Parece que foi
Eu deitei e esqueci

Tudo que vejo
Vivencio
Outras paixões
Outras viagens
Outras emoções

Eu improviso
Uma lágrima ou um sorriso
Brinco com o acaso
Maravilhoso desconhecido
Complexo destino

Tudo que vejo
Vivencio
Outros lugares
Outras pessoas
Outras cores

Eu improviso
Meio inconsciente
A realidade foi criada num momento de perfeição
De perfeição absoluta
No sonho tudo é possivel

Tantas explicações
Tantas questões
Tantas sensações
De lá para cá
Não basta um poema

Tudo o que vejo
Vivencio
Outros instantes
Outros vazios
Outros oniscientes

Tudo mundo chega aos quarenta
Todo mundo desce a montanha
Parece que foi ontem
Parece que foi
Eu deitei e esqueci