Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

25
Jun 09

Um dia um homem que acredita na vida após a morte, e que valoriza o ser mais que o ter, hospedou-se na casa de um materialista convicto, em bela mansão de uma cidade européia.

 

Depois do jantar, o anfitrião convidou o hóspede para visitar sua galeria de artes e começou a enaltecer os bens materiais que possuía, de maneira soberba.

 

Falou que o homem vale pelo que possui, pelo patrimônio que consegue acumular durante sua vida na Terra. Exibiu escrituras de propriedades as mais variadas, jóias, títulos, valores diversos.

 

Depois de ouvir e observar tudo calmamente, o hóspede falou da sua convicção de que os bens da Terra não nos pertencem de fato, e que mais cedo ou mais tarde teremos que deixá-los.

 

Argumentou que os verdadeiros valores são as conquistas intelectuais e morais e não as posses terrenas, sempre passageiras.

 

No entanto o materialista falou com arrogância que era o verdadeiro dono de tudo aquilo e que não havia ninguém no mundo capaz de provar que todos os seus bens não lhe pertenciam.

 

Diante de tanta teimosia, o hóspede propôs-lhe um acordo.

 

Já que é assim, voltaremos a falar do assunto daqui a cinqüenta anos, está bem?

 

Ora, disse o dono da casa, daqui a cinqüenta anos nós já estaremos mortos, pois ambos temos mais de sessenta e cinco anos de idade!

 

O hóspede respondeu prontamente: é por isso mesmo que poderemos discutir o assunto com mais segurança, pois só então você entenderá que tudo isso passou pelas suas mãos mas, na verdade, nada disso lhe pertence de fato.

 

Chegará um dia em que você terá que deixar todas as posses materiais e partir, levando consigo somente suas verdadeiras conquistas, que são as virtudes do espírito imortal. E só então você poderá avaliar se é verdadeiramente rico ou não.

 

O homem materialista ficou contemplando as obras de arte ostentadas nas paredes de sua galeria, e uma sombra de dúvida pairou sobre seu olhar, antes tão seguro.

 

...............................

 

Que diferença fará daqui a cem anos, se você morou em uma mansão ou num casebre?

 

Se comprou roupas em lojas sofisticadas ou num bazar beneficente?

 

Se bebeu em taças de cristal ou numa concha de barro?

 

Se comeu em pratos finos ou numa simples marmita?

 

Se pisou em tapetes caros ou sobre o chão batido?

 

Se teve grande reserva financeira ou viveu com um salário mínimo?

 

Que diferença isso fará daqui a cem anos?

 

Absolutamente nenhuma!

 

No entanto, o que você fizer do seu tempo na Terra, fará muita diferença em sua vida, não só daqui a cem anos, mas por toda a eternidade.

 

Por essa razão, vale a pena pensar no que realmente tem valor duradouro e efetivo, considerando-se que você é um ser imortal, herdeiro de si mesmo, de cujos atos terá que prestar contas à própria consciência.

 

publicado por SISTER às 12:07

      ¡Ah! Ciertamente mi recuerdo amor ...
      Todo lo que me dijo
       en cada poro de mi cuerpo entro...
      En mi fortaleza y mi fraquesa ...
      En este loco deseo de mi querer
      Te quiero en lo más profundo de mi ser ...
       
      ¡Ah! Recuerdo tanto! Tanto amor ...!
      Cuando a su encuentro me tomo ...
      Su deseo, a la locura me llevó ...
      Su beso cargado de posesión
      mostro la urgencia de mi entrega ...
      Besos sucesivos cobrieran mi mente
      con el néctar de placer solicitante ...

publicado por SISTER às 12:04

      Ah! Com certeza me lembro amor...
      Tudo o que você me falou
       em cada poro do meu corpo entrou...
      Na minha fortaleza e na minha fraquesa...
      Nesta sua vontade insana de querer
      eu te amo no mais profundo do meu ser...

      Ah! Lembro tanto...Tanto amor!!!
      Quando ao seu encontro você me puxou...
      Seu desejo, à loucura me levou...
      Seu beijo carregado de posse
      mostrou a urgência da minha entrega...
      Beijos sucessivos cobriam minha mente
      com o néctar do prazer recorrente...

publicado por SISTER às 12:03

      Você passou pela minha como um vulcão
      fez um estardalhaço
      gritou
      resmungou
      reclamou
      me olhou, mas não me enxergou e
      se foi.

      Invisível continuei
      caminhando segui
      e você foi embora
      sem entender
      um simples gesto que guardei no meu coração:

      A beleza de te amar.



 

publicado por SISTER às 12:01

Hoje eu quero ser o seu antídoto
aspirar todo o seu orgasmo
sugar todo o seu gozo.
 
Um amor qualquer
um vulcão
derramando minha sede
por todo o seu corpo.

Ser a sua garantia
suas  verdades
a cura da sua paixão
o remédio das suas vontades.

O seu máximo
rasgar tuas fantasias
molhar seus beijos
nos desejos
de tocar-te bem devagarzinho.

Ser seu mundo
cheia das suas safadezas
inundandadas nos poros do meu prazer
satisfazendo minha alma
nas necesidades de me possuir
por todo o seu ser.


 

publicado por SISTER às 12:00

      Sou uma história calada
      nos meus erros cometidos
      pelas esquinas da minha alma
      traídas pelo meu coração
      enfeitiçado por amores absurdos
      que se encarnaram no meu corpo
      cedido em paixões absurdamente incrédulas.



     

publicado por SISTER às 11:58

Novelos, linhas embaraçadas
São como minha vida agora
Novelos de muitas cores
Herança de muitos amores
Fetiche dos meus anseios
Vida de meus devaneios...

Não estou só embaraçada
Estou mesma é toda enrolada
Com minhas lembranças passadas
Vou pensando, tentando agora
Jogar todas as laçadas fora
Sentir-me, novamente, amada...

Parecem tranças da vida
Da vida tão mal resolvida
Que me atrapalho em saber
Mal dizendo, estes novelos
Emaranham meus cabelos
Para depois curtir em tê-los...

Nós, nos meus fios grisalhos
Enrolando os meus pensamentos
Parecem mais uns lamentos
Enveredando soltos se misturando
Imitam mais os retalhos
Restos de grandes frangalhos...

Emaranhado dos meus cabelos
São feitos como novelos
Que querem me indicar
Mas prefiro enrolada estar
Que muita verdade chegar
Sem poder me consolar...

Assim, vou desfiando o novelo
Esfarrapada, mas também inebriada
Pois nestes fios que ainda estão
São fiapos de muita espera
São como se fossem taperas
Agasalhando meu coração...

Tantos nós que me alucinaram
Pessoas que por mim passaram
São desacatos tidos, desilusões
Que já de passada em passada
E com tanta poeira levantada
Mitigaram as decepções...

Vou novamente enrolando
Os novelos, completando
Pois se a vida é um eterno passar
Espero na dobrada da esquina
Possa me reabilitar e tentar
Sem nós para me emaranhar...

publicado por SISTER às 11:55

Ouço um gemido suave do lado direito da cama,
sinto que o calor incendeia e vai até a alma,
perco os sentidos por um momento,
os desejos invadem, provocam como pecado,
volto e deito suave sobre o outro corpo.
 

Toco devagar sua pele, deslizo entre os seios,
arrasto minha cabeça sobre seu colo marcando suave,
entorpecida já não ouço seus pedidos,
a boca entreaberta espera o primeiro beijo,
a língua sobe devagar marcando de saliva seu caminho.


O tempo é quase inexistente, não têm luz,
sombras despidas se multiplicam entre si,
da pele escorre líquidos e se misturam aos cheiros,
um tom vermelho aparece sob as palmas das mãos,
o gosto doura os lábios como se lambuzados de mel.


Acontecem pequenos urros quando penetro alucinado,
não sei a dimensão de nenhum céu, sei que quero ir,
os braços prendem o outro corpo como se fosse fugir,
demarco meus caminhos dentro do seu sexo úmido,
acolhe-me enquanto suas pernas se prendem as minhas.


As respirações sufocam pequenos gritos,
algumas luzes, milhares de relâmpagos aparecem,
os beijos mais profundos vão até o céu da boca,
todos os aromas e sabores são agora percebidos,
contemplamos o outro como deuses em um altar de ouro.


Volta o silêncio, os corpos recolhem saciados,
enquanto dividem olhares ainda com brilho de prazer,
escorrem entre as peles e dobras líquidos mornos,
palavras de carinho correm o quarto como luz quente,
as imagens saem das sombras para um último beijo de amor.

publicado por SISTER às 11:53

Encontra-me na saudade...
Não esperes que esse grande amor,
Morra no esquecimento,
Quero viver esse momento!
    
Não deixes que o tempo,
Recolha essa emoção,
Esse sentimento só nosso,

Esse amor que cresce dia a dia,

Tu estás longe,
 tão perto está teu coração.
É tão sublime,
O amor de nossas almas.

Vem logo!
Me ama  devagar...
Vamos dar aos nossos corpos cansados,
O merecido descanso do amor.


Não quero mais,
Amar-te na solidão...
Não  deixes que me perca de ti.
Encontra-me!

publicado por SISTER às 11:50

Morre-se um amor...
Vão-se os sonhos.
Nasce a dor,
a paixão, a desilusão,
e também o desamor.
Vem a saudade
que sem pedir licença
se instala num peito,
e explode gritando ausências.
Cresce a nostalgia...
Dá uma agonia...
Morre a poesia.
Há morte do ser.

Decreto então:
Que morra tudo com a morte de um amor!
Que nasça outro amor bem novinho,
trazendo novos sonhos, novas ilusões,
e a presença do ser amado bem juntinho!
Que tenha saudades amenas
e distâncias pequenas.
Que se criem esperanças.
Que transbordem alegrias.
Que no silêncio, o corpo fique mudo...
Que haja um tempo para avaliar
e não haja tropeço no recomeçar.

... E neste círculo do amor imortal
vou rodopiando...
Num rítmo igual.
Sigo a vida amando.
De modo desigual.

publicado por SISTER às 11:46
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Vendo e lendo sobre a situação mundial, e sobre o que se apregoa como "Fome Zero", vi passar por meus olhos, um filme tantas vezes visto... Um filme muito triste.
      Seja no sertão nordestino, seja no interior de Minas, seja nas aldeias e florestas africanas... Seja nas favelas dos grandes Centros.
      É terrível o quadro da fome... Ainda mais quando paramos um pouco para pensar, e vemos que o que mais gera essa triste situação é a incúria e a desonestidade das classes dirigentes das nações.
      Quantas vezes verbas destinadas a aliviar a fome no Nordeste, foram desviadas para os bolsos de políticos inescrupulosos...  Quantas vezes, caminhões e mais caminhões com donativos para flagelados de alguma coisa tomaram rumo diferente do que aquele ao qual estavam destinados...
      É triste chegar-se à conclusão de que certas situações de penúria são mantidas, apenas para que certos dirigentes não percam a força política sobre a região, mantendo o povo sempre no cabresto, e o povo sequer tem forças e tampouco vontade para reagir, sempre se contentando com as migalhas que lhes são oferecidas, com os famigerados "Grupos de Trabalho", com as "Bolsas Familia", e safadezas similires.
      Na África, então, a coisa é pior ainda, pois em muitos países africanos, o que mais provoca a fome endêmica, é a perseguição racial que  ocorre entre os grupos étnicos rivais. Grupos esses que foram agrupados em um mesmo país pelos colonizadores, visando apenas jamais permitir que os países africanos obtenham paz interna, ou mesmo um arremedo de união.
      Veja-se também o que ocorreu com o racha havido na Iugoslávia e na União Soviética, e a consequente subdivisão dos países que surgiram desse racha.
      Explodiram rivalidades que estavam latentes, provocando guerras, guerrilhas, atentados. Claro que isso tudo apenas gerou fome, desemprego, miséria.  E incrível progresso para os fabricantes de armas.
      É o bicho homem empenhando-se na destruição da raça humana. Contra-senso?
      Claro que é, mas é o que ocorre. E isso traz para nosso espírito um estranho e indesejado desânimo... Essa situação é provocada deliberadamente, e aceita deliberada e acomodadamente... Levando-nos a cada vez mais nos fecharmos dentro de nós mesmos, pois se nada ou quase nada podemos fazer... para que fazer?  Se o que tentamos fazer geralmente é mal empregado, para que fazer?
      Se, ao reclamarmos, somos criticados... então, para que falar?
      Estes poucos Quixotes que se batem contra os moinhos de vento da incompreensão geral, sempre terminam sua obra com a frustração e a perplexidade estampadas na face.  Que fazer,  Amigão? Se é o homem que quer acabar com  o homem?
      Desculpem-me esta revolta, mas ao ver tanto luxo nos desfiles de Escolas de Samba, tantas verbas mal empregadas que, ao invés de serem direcionadas para a tal "Fome Zero", são direcionadas para a "Vergonha Zero".  Mas... que fazer?
      Já pararam para pensar quantos hospitais poderiam ser feitos em zonas carentes com a verba que o Governo Americano está dispendendo apenas com os preparativos de uma possível e indesejada guerra? Já imaginaram se essa guerra é deflagrada?
      Assim caminha a humanidade e, como dizem, não adianta remar contra a maré... mas é um excelente exercício...
      Bem... Já desabafei. Agora quero ver se escrevo poesias... faz mais bem para a alma... e tira este nó da minha garganta... ao lembrar-me das tristes cenas que já assisti ao vivo e a cores, de gente morrendo de fome... Ainda consigo desejar a todos UM LINDO DIA.

publicado por SISTER às 11:43

Aí vem o Dia dos Namorados... Pelo menos nesta época, sejamos românticos, como antigamente... Beijar a mão... Dar precedência... Respeitar...
Como dizem que "Recordar é viver", podemos relembrar uma época que já está quase em total ostracismo. Uma época em que se sabia viver com romantismo, que era realmente levada a sério essa questão de viver romanticamente.
Os homens sabiam ser românticos, procuravam dar aquela atenção às mulheres, tratando-as como autênticos bibelôs. Chegavam a façanhas heróicas em defesa de suas amadas.
Elas, por sua vez limitavam-se a aceitar o que se poderia chamar de "jugo" masculino, e eram exclusivamente mulheres dedicadas ao lar, aos seus homens, e a embelezar o mundo.
Faziam-se serenatas para suas eleitas. Os homens as colocavam como que em redomas, para serem admiradas, mas não tocadas. Seriam tocadas apenas pelos seus homens (pelo menos a idéia era essa). Eram outros tempos. E sob esse ponto de vista, as coisas se modificaram por demais.
Nos dias atuais, não há mais lugar para esse romantismo.  O progresso tecnológico exige cada vez mais praticidade tanto de homens como de mulheres, e a fantasia romântica cada vez fica mais esquecida. Apenas alguns poucos românticos sobrevivem. São almas teimosas que se recusam a modernizar-se, pois, para acompanhar o ritmo de vida atual, em que a urgência de tudo fazer nos impede de viver, é algo totalmente fora de propósito sequer falar-se nisso.
Em parte a culpa do fim (ou quase) do romantismo, coube às próprias mulheres que se empenharam de tal maneira em "igualar-se" aos homens, que deixaram de lado a própria feminilidade.
Deixaram de ser as "madames" e as "cortesãs", e começaram a exigir um novo lugar na Sociedade, reivindicando lugares e posições antes exclusivamente masculinas.  Nada mais justo, já que vinham provando sua competência e mostrando estar perfeitamente aptas para ocupar quaisquer cargos.
Com isso, para poder vencer a resistência masculina, começaram a usar armas masculinas, mostrando que sabiam ser fortes e decididas, saindo a campo e exercendo funções que exigem força e resistência física.  Por que não? Nem por isso se masculinizaram, continuaram femininas.  Apenas tinham que tomar certas atitudes para poder se impor em suas funções que começaram a ferir a suscetibilidade masculina, sempre exacerbada.
E, em represália, os homens começaram a tratá-las como iguais, esquecendo que, acima de tudo, sempre existiu e existirá uma "alma feminina". E esta, nunca poderá se esquecer de que é MULHER.
Por mais forte e decidida que uma mulher seja, sua alma, felizmente, continua a ser feminina, sendo sempre sensível e carente de certas atenções que, de repente os homens, em sua maioria, começaram a deixar de lhes dedicar.
Nota-se ainda hoje uma certa "Guerra dos Sexos", onde homens e mulheres tentam provar quem é melhor, mais inteligente, mais forte, mais sabido, mais capaz sexualmente, enfim, mais "qualquer coisa" que seja, apenas "vencer" a guerra.
Com isto, o pobre Romantismo vai indo "pro beleléu" (já que ele é antigo, vamos usar um termo idem..).
Precisa ser firmado um "Tratado de Paz", para se resgatar o romantismo...
Vamos nos esquecer de tentar provar "quem é o melhor", para aceitar a idéia de que cada um é cada um, e cada uma é cada uma.  A competência para qualquer função não depende do sexo, mas sim da capacidade individual de cada pessoa, seja homem ou mulher, no desempenho de tal ou qual função, e de toda e qualquer função.
Ainda mais agora, quando as mulheres deixaram de ser os "bibelôs", quebraram suas redomas, e estão lindas, leves e soltas, podendo exercer ativamente esse lado romântico, ao invés de apenas esperar, suspirantes, que seus eleitos lhes dispensassem atenção.
As condições da vida moderna, pelo menos nas grandes cidades impede as lindas serenatas de antigamente, mas nada impede de se tratar uma mulher com gentileza, cedendo-lhe passagem, oferecendo-lhes flores (qual mulher não gosta de ganhar um ramo de flores, ou mesmo uma rosa que seja), oferecendo-lhes uma poesia (se souber compor, tanto melhor...), dando-lhes a atenção devida, nunca esquecendo de que sua feminilidade sempre fará parte de sua natureza.
Às mulheres, apenas que aceitem essas sutilezas românticas, que saibam também ser românticas.  Dentro da agitação da vida moderna, sempre haverá lugar para um romântico de plantão.
Bem, comecei a falar de romantismo, e me entusiasmei, e assim lhes desejo
UM ROMÂNTICO DIA

publicado por SISTER às 11:38

                De mim, guardei o silêncio
                mergulhei nos guetos da debilidade
                movimentei a esperança
                e caminhei na rota das evidências

                De ti, restou-me a lembrança
                a promessa, o cheiro,
                os tropeços, a saudade
                e um novo recomeço

                De nós, perpetuei o amor
                naufraguei na dor
                emergi do pouco que restou
                desfiz todos os nós,
                sobrevivi e segui só...

publicado por SISTER às 11:36

                De mim, guardei o silêncio
                mergulhei nos guetos da debilidade
                movimentei a esperança
                e caminhei na rota das evidências

                De ti, restou-me a lembrança
                a promessa, o cheiro,
                os tropeços, a saudade
                e um novo recomeço

                De nós, perpetuei o amor
                naufraguei na dor
                emergi do pouco que restou
                desfiz todos os nós,
                sobrevivi e segui só...

publicado por SISTER às 11:29

                  Num emaranhado de árvores e de frutos
                  rasteiros, cobrindo todo o chão,
                  de paus e de folhas e de frutas podres,
                  a meio a pedras, atrás de pedras,
                  fortes águas, vindas do cimo da montanha,
                  contornando as rochas, há muito,
                  crivadas, de imensos buracos, pelo passar
                  dos tempos, caem em cascata, num lago,
                  totalmente desconhecido.

                  
                  Antes da desertificação, votada ao silêncio,
                  pelo homem, de pronto, a natureza,
                  chamou a si, este pedaço de terra, dando-lhe
                  nova vida. E, como recordação,
                  de que, um dia, vida humana, ali teve seu
                  espaço, ficou-nos uma cabana, toda ela
                  de pedra, com seu telhado, galvanizado, e,
                  uma única porta, de madeira sem janelas,
                  talhada entre duas árvores, com seus galhos,
                  cobrindo, toda e qualquer claridade.

                  
                  Gostava de lá ir um dia e de limpar, todo
                  este lixo humano, tornando-o num espaço,
                  agradável aos olhos, de quem nos visitasse,
                  para se banhar, nas águas frias mas puras,
                  da cascata, que nunca deixou de cumprir, sua
                  função natural, correndo livre e de forma
                  espontânea, até alcançar o lago, mais abaixo.


                  

                

publicado por SISTER às 11:27

Dia após dia
Meia lua a correr atrás de lua e meia
Não se precipite
Tudo é esquema
Tal qual um poema
Começo,meio e fim
Dia após dia
Todo amor esta conectado
Com o universo
Enquanto Deus cochila num canto
Toda experiência precede
O pó e o caos
Sapatos andam no asfalto quente
A cidade de pedra aponta
O dedo da violência para o céu
Dia após dia
Somos o bicho do bicho
A coisa da coisa
A incerteza na verdade
E o canto preguiçoso da cigarra
Entre homem e mulher
Existe uma música etérea
Corpos que se tocam famintos
Tudo é esquema
A carne quer a carne
O espírito deseja o espírito
Clamando pelo pecado e pela culpa
Nada a declarar
Meias pertencem aos pés
Não se precipite
As palavras disparam idéias
Torpedos perdidos no fundo do mar
As emoções conduzem ao desespero
Profundo teatro
Começo, meio e fim
Tudo a gente esquece quando nos convem
Provamos o gosto de todas as bebidas
O chão esta em cima
O céu esta embaixo
Meia noite acontece e desaparece
Delírios que voam com  bruxas e morcegos
Todos bêbados pelo licor e pelo sangue
A âncora do tempo pesa na cabeça
Mergulhamos no travesseiro macio
Batalha naval
Tiros na água da vida
Beijos perdidos no escuro
Pesadelos fazem exercício de tiro
E as almas são alvos móveis
Tudo é esquema
Tal qual um poema
Começo,meio e fim


 

publicado por SISTER às 11:25

Junho 2009
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