Há alguns dias, uma senhora nos buscou e abriu seu coração de mãe e avó, preocupado com a crueldade praticada por jovens, em nosso país.
Pediu-nos que falássemos a respeito do assunto. Talvez haja um jeito de conter essa onda de violência e descaso para com a vida dos semelhantes, desabafou.
Sem a pretensão de apresentar uma fórmula capaz de solucionar o problema grave por que passa grande parte dos nossos jovens, exporemos algumas idéias dos espíritos superiores que sabem, mais do que imaginamos, os dramas por que passamos na face da Terra.
Elucidam que há possibilidades diversas para que tal situação se apresente.
Uma delas está justamente no espírito reencarnado, ou seja, no espírito que anima o corpo do nosso filho problema, que traz a própria bagagem infeliz de vidas anteriores.
Esse filho, mesmo tendo, por parte dos pais, os melhores exemplos de vida digna, de honestidade e grandeza no esforço do bem, não se interessará pela honradez ou probidade dos pais.
Ainda assim, cabe aos pais o esforço por continuar exemplificando o bem, ainda que pareça inútil, pois um dia eles despertarão para uma realidade melhor.
Outra possibilidade é a da demissão dos pais, enquanto educadores de seus filhos.
Pais que largam os filhos "ao Deus dará", sem se preocuparem com o que fazem desde a infância. E estes crescem com as informações variadas que lhes chegam por diversos meios, sem que alguém lhes oriente sobre o que é certo e o que não é.
Filhos que passam boa parte da infância e adolescência em frente à televisão vendo os desenhos animados de crueldade, violência e brutalidade.
Outros, passam horas manejando os "joystik´s" dos vídeos-games, utilizando fitas alugadas pelos próprios pais, que não se preocupam, sequer, em observar com que tipo de jogos seus filhos se divertem.
Dia desses, observávamos dois garotos brincando na rua de um condomínio fechado, onde não deveria haver perigo, pois que lá ninguém entra sem ser convidado. Mas tal não foi a nossa surpresa, quando um dos garotinhos, de apenas oito anos de idade, sacou do bolso um canivete e ameaçou o amiguinho, só porque este ajuntou do chão um papel de bala que ele desejava para si.
Percebendo a possibilidade de alguém sair ferido, fomos até a portaria e avisamos um dos porteiros que o garoto estava com o canivete. Este nos disse, para maior surpresa ainda, que ele já havia falado com a mãe do menino, e esta lhe dissera que sabia, pois fora ela mesma que lhe presenteara com a arma.
Podemos imaginar, pela tendência do garoto, o que ele fará com apenas mais uns anos de idade. Essa mãe, tem grandes possibilidades de vir a amargar mais tarde, as conseqüências de sua indiferença com relação às atitudes do filho.
Como o assunto é complexo e de interesse de grande parte dos pais, indicamos, aos interessados, a leitura do livro "Vereda Familiar", ditado por uma mãe de 11 filhos que já está do outro lado da vida, mas não deixa de se preocupar e de se ocupar com as famílias que se debatem entre os tantos problemas no campo da educação.