Debruço sobre a sacada e compartilho do esplendor do oceano,
da beleza da natureza ao meu redor,
os pássaros se aproximam;
O dia se faz nascer frente a minh' alma,
Sinto receber a saudação de um novo dia do próprio
Rei do Universo...
Meus pensamos se voltam ao passado...
Viajo entre continentes,
Deparo-me em um continente de sábios...
Lá, acabo de ser apresentado a um ancião,
Ele traz no seu rosto e no corpo, as marcas do tempo,
do sofrimento é- me apresentado como sábio...
Seu templo uma gruta! Seu alimento frutas...
Sua sede saciada pela nascente,
que brota ao lado de onde permanece sentado...
Aproximo-me do tal ser...
Vejo que a luz de toda a gruta são lamparinas,
Percebo que a luz maior vem do interior de sua alma,
Lanço-lhe, prontamente, uma só pergunta:
- Senhor o que falta para as pessoas serem felizes?
Ele me olha, aquilo me arrepia a alma,
É quando ele lança a resposta:
- Filho, falta o respeito!
Eu, de imediato, digo:
O respeito senhor?
-Sim...
O respeito com o credo de cada um...
Com a escolha de cada um...
Com a casa de cada um...
O amor não se fará sem o respeito...
A liberdade não virá sem respeito...
A amizade não perdurará sem o respeito...
A terra sentirá a agressão por falta do respeito...
A violência será forte entre os homens por falta do respeito...
Os governantes cometeram injustiças por falta de respeito a seus povos,
O sol, A natureza, O próprio Criador do Universo...
Se sentirão ultrajados por falta de respeito!
E ai...Vira a resposta!...
A ira dos seres protetores da fauna, das águas, do fogo,
Será terrível e dolorida a cobrança, como será!...
Nesse instante, tremia minha alma com aquelas palavras,
Vi que existia algo de verdade em tudo aquilo,
Que o sábio acabará de falar.
Assim, passei a fazer do respeito o gêmeo de minh' alma.
Assim, decidi continuar minha caminhada...
Volto de meus "pensamentos"...
E os pássaros, a natureza, o mar continuam aqui frente a meus olhos
respeitando-me e eu a eles...
Olho para a vastidão do oceano e pergunto:
Será que é o que falta?
O Respeito!
Será verdade do sábio!?...