Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

18
Jan 09

Era uma manhã de sol quente e céu azul quando o humilde caixão contendo um corpo sem vida foi baixado à sepultura.

 

De quem se trata? Quase ninguém sabe.

 

Muita gente acompanhando o féretro? Não. Apenas umas poucas pessoas.

 

Ninguém chora. Ninguém sentirá a falta dela. Ninguém para dizer adeus ou até breve.

 

Logo depois que o corpo desocupou o quarto singelo do asilo, onde aquela mulher havia passado boa parte da sua vida, a moça responsável pela limpeza encontrou em uma gaveta ao lado da cama, algumas anotações.

 

Eram anotações sobre a dor...

 

Sobre a dor que alguém sentiu por ter sido abandonada pela família num lar para idosos...

 

Talvez o sofrimento fosse muito maior, mas as palavras só permitem extravasar uma parte desse sentimento, grafado em algumas frases:

 

Onde andarão meus filhos?

 

Aquelas crianças ridentes que embalei em meu colo, alimentei com meu leite, cuidei com tanto desvelo, onde estarão?

 

Estarão tão ocupadas, talvez, que não possam me visitar, ao menos para dizer olá, mamãe?

 

Ah! Se eles soubessem como é triste sentir a dor do abandono... A mais deprimente solidão...

 

Se ao menos eu pudesse andar... Mas dependo das mãos generosas dessas moças que me levam todos os dias para tomar sol no jardim... Jardim que já conheço como a palma da minha mão.

 

Os anos passam e meus filhos não entram por aquela porta, de braços abertos, para me envolver com carinho...

 

Os dias passam... e com eles a esperança se vai...

 

No começo, a esperança me alimentava, ou eu a alimentava, não sei...

 

Mas, agora... como esquecer que fui esquecida?

 

Como engolir esse nó que teima em ficar em minha garganta, dia após dia?

 

Todas as lágrimas que chorei não foram suficientes para desfaze-lo.

 

Sinto que o crepúsculo desta existência se aproxima...

 

Queria saber dos meus filhos... dos meus netos...

 

Será que ao menos se lembram de mim?

 

A esperança, agora, parece estar atrelada aos minutos... que a arrastam sem misericórdia... para longe de mim.

 

Às vezes, em meus sonhos, vejo um lindo jardim...

 

É um jardim diferente, que transcende os muros deste albergue e se abre em caminhos floridos que levam a outra realidade, onde braços afetuosos me esperam com amor e alegria...

 

Mas, quando eu acordo, é a minha realidade que eu vejo... que eu vivo... que eu sinto...

 

Um dia alguém me disse que a vida não se acaba num túmulo escuro e silencioso. E esse alguém voltou para provar isso, mesmo depois de ter sido crucificado e sepultado...

 

E essa é a única esperança que me resta...

 

Sinto que a minha hora está chegando...

 

Depois que eu partir, gostaria que alguém encontrasse essas minhas anotações e as divulgasse.

 

E que elas pudessem tocar os corações dos filhos que internam seus pais em asilos, e jamais os visitam...

 

Que eles possam saber um pouco sobre a dor de alguém que sente o que é ser abandonado...

 

.........................................

 

A data assinalada ao final da última anotação, foi a data em que aquela mãe, esquecida e só, partiu para outra realidade.

 

Talvez tenha seguido para aquele jardim dos seus sonhos, onde jovens afetuosos e gentis a conduzem pelos caminhos floridos, como filhos dedicados, diferentes daqueles que um dia ela embalou nos braços, enquanto estava na terra.

publicado por SISTER às 16:21

Perdido nos seus braços
Caminho sagrado dos sonhos
Início e fim
Açoitado em agua e fogo

Enfim o amor
O que se tem
E o que se procura
Duas partes querendo ser uma

Quando se olha  a lua
Não se procura uma mensagem
Cola-se o rosto no céu
Ninguém sabe do que uma mulher é capaz

Da outra margem do rio da distância
Viver o que será
Canto de pássaro no peito
Risco fino na rocha

Caminhando em outras terras
Repito os rituais humanos
Somos o que somos
Carne e sangue

Assisto a passagem do sol
Tenho orgulho das coisas que faço
Apesar que isto não importa
Verdadeiramente


 

publicado por SISTER às 16:20

Vou tecendo
com finíssimos fios de seda
a Teia
do meu ficar nessa vida.

Em meu caminho
sou peregrina
levo o cajado
para ajudar na subida.

Artesã
teço sonhos...Tristonhos
em versos e rimas
que corrompe os meus ais.

Na Mandala da existência
colho flores
e sinto o arroubo dos vôo das borboletas.

Sou
Um espetáculo sombrio
de uma dança.
Solitária...

Mulher-guerreira
em minha poesia
recolho as estrelas
de um poema.
Que brilha
em plena nudez da lua...

Como seiva
de arvores tantas
alma eterna
a vagar nas florestas.

Um som
Etéreo
Silêncio...
Há paz no Viver

publicado por SISTER às 16:17

Esbocei uma tela em pensamentos
com cores , nuances lindas,
Um sonho para nossas vidas...
Amar e ser amada por você...
Ah... que sonho mais lindo!
Vamos pintar esse destino?

publicado por SISTER às 16:16

            Dormi  com sabor do seu beijo gostoso
            Acordei com  o sabor de sua boca
            nos lábios meus...
            Foram carícias trazidas pela brisa
            no adormecer da tarde...
            levadas ao nosso ninho
            e ao nossos corações
            numa noite de amor

publicado por SISTER às 16:15

      O amor é um sentimento unico
      no nosso peito igual se sente
      da mesma forma qualquer pessoa também sente
      parece até, que um somente sente, através da gente

      interessante como é envolvente
      independente do par da gente
      por quem ou por algo se sente
      de forma una, quase igual, semelhante

      é como alguem nos usasse e amasse
      associando, unisse pares para se amarem
      por eles sentisse, através de todos amasse.
      Quando se separam, desesperam, sofrem

      Esquecem e em outros amores se envolvem
      e novamente a amar voltam, intensamente
      Nao de forma igual, mas semelhante.
      É o amor virus...a todos contaminando

    

publicado por SISTER às 16:13
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      El amor es un sentimiento único
      en nuestro pecho igual se siente
      de la misma forma cualquier persona también siente
      hasta parece , que uno solamente siente, a través de nosotros

      interesante como es agasajante
      independientemente de la pareja de uno
      por quién o por algo se siente
      de forma una, casi igual, semejante

      es como si alguien nos usase y amase
      asociando, uniese parejas para que se amasen
      por ellos sintiese, a través de todos amase.
      Cuando se separan, se desesperan, sufren

      Olvidan y en otros amores se involucran
      y otra vez vuelve a amar, intensamente
      No de igual manera, pero similar.
      Es el amor virus...que contamina a todos

    

publicado por SISTER às 16:12
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No meio do nada
A jornada para lugar incerto
Cada vez mais perto ou distante
Palavras invisíveis na pele clara
Nomes tatuados em fogo e sal
Um brilho sem igual
O reflexo dos olhos de um deus
No meio do nada
Pedras empilhadas sem sentido
A arte incomoda do tempo
Segundos aos milhões
Relógios nas estrelas de neutrons
O homem dividido
O silêncio faz eco nos ouvidos
No meio do nada
Caminho por uma avenida
As diferenças nos igualam
Um lagarto se oculta na grama
O peso das estações nas plantas
A chuva se esconde
Minha casa no alto céu
No meio do nada


 

publicado por SISTER às 16:11

ACORDO FEITO UM SACO DE RÁFIA
REPLETO DE ENTULHOS DA NOITE
RESTOS DE SONHOS INSATISFEITOS
A ESPERANÇA DESCONECTADA
PRECISO DE ALGUNS MOMENTOS
E DE UM POUCO DE RELAXAMENTO

NO CAMINHO DA COZINHA
ENQUANTO AS PAREDES ME SEGUEM
FEITO AS ÁRVORES NA FLORESTA
DA CHAPÉUZINHO VERMELHO
PERCEBO QUE SOU UMA SOMBRA
SE ARRASTANDO NOS LADRILHOS DO CHÃO

A INSPIRAÇÃO DO POETA
NEM SEMPRE CLARA
NEM SEMPRE PERCEPTÍVEL
NEM SEMPRE INTERESSANTE
ESCREVO NAS CORTINAS DO BOX
COM LINHAS DE ÁGUA DO CHUVEIRO

A COMUNICAÇÃO COM O DESCONHECIDO
NÃO PODE SER DEFINIDA
NÃO PODE SER RESUMIDA
A UMA CHAVE LIGA-DESLIGA
ESFREGO A TOALHA NAS COSTAS
ENCOSTO A CABEÇA NA PORTA

SOU UM HOMEM DESMEMORIADO
O PASSADO ALGO DISTANTE
BAÚ ESQUECIDO NO PORÃO
CARTAS AMARELADAS ASSOBIAM
CARTÕES POSTAIS SOLUÇAM
NO SÉTIMO ANDAR O MENINO OLHA A CIDADE


 

publicado por SISTER às 16:09

Devemos ter muita calma em tudo que nosso coração anseia.
Facilmente nos impacientamos diante da demora de Deus.
Grande parte de nossas apreensões, provém da pressa, é como se não pudéssemos esperar o fruto amadurecer, como se precisássemos comê-lo verde, como se o momento que atravessamos fosse o único e o que não fizermos ali, não possa mais ser feito.
Não é assim, ainda estamos longe de chegar ao último momento, e precisamos aprender a esperar pela resposta às nossas orações.
Às vezes é necessário um longo período de preparação para que aquilo que pedimos venha a ser nosso.Somos exortados a andar com Deus; muitas vezes; no entanto, Deus anda muito devagar. Contudo, há a outra face da lição, é Deus que freqüentemente espera por nós.
Varias vezes deixamos de receber as bênçãos que nos estavam destinadas, porque não avançamos com Ele. Outras vezes porque tentamos avançar sozinhos, não esperamos por Ele. Assim como perdemos muitas bênçãos por não esperarmos por Deus, às vezes perdemos por esperarmos além do tempo. Há ocasiões em que a nossa força se revela em permanecermos quietos, mas há também ocasiões em que devemos caminhar com passos firmes.
Como sabermos? Quando parar? Quando avançar?
A única maneira de saber, é confiando e mantendo nossos corações serenos, confiando e mantendo nossos corações serenos.
Confiando e mantendo nossos corações serenos saberemos quando avançar e quando esperar, pois nossas ações estarão sendo comandadas pelo Espirito Santo.
A pior coisa que pode nos acontecer é parar de acreditar, neste momento perderemos a serenidade e nossas ações começarão a acontecer de forma desordenada.
Caminhemos com a certeza de que somos vencedores e esperemos com calma a ajuda que não falhará, avancemos confiantes e tomemos o que é nosso.
Eu tenho começado a dar-te, começa pois a receber

publicado por SISTER às 16:08

      ( ...)O carpinteiro ocupava-se do seu oficio de construir pontes. Do lugar onde estava, tipo uma ilha de terra rodeada de precipícios, seguiam pontes em várias direções.

              Poder-se-ia pensar a principio que o construtor fosse um obcecado pelo seu oficio, tal o numero de pontes que havia à sua volta, mas uma observação mais minuciosa deixava perceber que aquela era a única maneira de alcançar outros locais a partir de sua localização.

              Há quanto tempo ele construía pontes ele nem mais se lembrava, só sabia que seu oficio era de vital importância para o aprendizado de quem por ali passasse.

              Aguardava, agora, a chegada de um novo discípulo que por ali passaria no decorrer de sua jornada no caminho da luz.

              Madeira e pregos ganhavam forma em suas mãos, tornando-se caminhos para transpor os abismos.

              A utilidade de suas pontes era reconhecida por aqueles que as atravessavam.

              O sentimento de ser útil aos outros enchia seu coração de alegria, sabia que fazia parte de um todo muito maior do que a soma de suas partes.

              A felicidade estampada em seu rosto denunciava a alegria com que esperava receber o futuro visitante que não tardaria a chegar àquele local.

             O viajor havia surpreendido a muitos preceptores em sua jornada, sua capacidade de novas descobertas era maior do que a maioria dos viajantes que iniciavam o trajeto.

             O sucesso do viajante em sua empreitada, até aqui, prometia um belo findar de jornada.

            Ocupado em fazer uma nova ponte que serviria para levar os viajantes ao caminho escolhido por eles, ouviu a aproximação do viajante e pôs-se de prontidão. ( ...)

 

publicado por SISTER às 16:07

Um desgosto monótono

invade a alma



o vazio

de não viver plenamente



sem um motivo mais

atraente



sem mesmo saber

porque



insulsa

a perambular

numa paz aparente...

publicado por SISTER às 16:05

      Trago comigo a leveza da paixão.
      O sabor dos desejos, mais contidos.
      A realização, dos sonhos escondidos.
      O despertar, do êxtase mais querido.

      Meu andar é leve como a pluma,
      que flutua, macia e delicada.
      Meu falar é como a brisa,
      que cai, em teu corpo apaixonada.

      Meus lábios em cor carmim,
      eterno convite, vem para mim.
      Minhas mãos conhecem segredos
      em toques, prazeres sem medos.

      Sou silenciosa,
      para em teus pensamentos
      calmamente penetrar.

      Sou dona do amor,
      para teus desejos
      mais secretos realizar.

      Trago comigo
      lições plenas de amor,
      paixão... prazer...
      Sou fêmea, nascida, preparada
      para o seu corpo venerar.
      E para tua alma,
      em eterno gozo penetrar.


     

publicado por SISTER às 16:04
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          Alguém que reconheça os meus caminhos
          e, suavemente, saiba minhas curvas e
          passeie nas retas,
          respeite os sinais e atenda as minhas setas...
          Alguém que saiba de cor os meus carinhos
          e leia meus mapas
          e meça meus pesos
          e saiba meu mantra
          e vede meus medos
          e lembre minhas datas...

          Alguém que ocupe meu imo
          e desça aos meus vales
          e desde o meu centro,
          saiba galgar os meus cumes...
          E escale minhas serras,
          e colha-me estrelas...

          Alguém cujos braços
          sejam certinhos
          aos meus arredores...

        

publicado por SISTER às 16:03
tags:

            Corre vagarosamente, pelo seu leito,
            o caudal de um rio, que me lembro, desde
            sempre, ali existir e de lá me banhar,
            enquanto criança, junto com meus amigos,
            que, tal como eu, tinham asas, que era
            todo o deslumbre, da natureza, à descoberta.


            Tudo era enorme e sem fim à vista, e, as
            grandes montanhas, eram, desde tempos
            remotos, a conquista maior, a ser alcançada,
            povoando nossos sonhos irrequietos, noite
            e dia, ao olharmos aqueles grandes penhascos,
            onde a neve persistia, durante todo o ano.


            Diziam os mais velhos, que por lá existia uma
            grande variedade, de animais selvagens, desde
            alces a ursos a matilhas de lobos, correndo sem
            descanso, até alcançarem, suas presas aterrorizadas,
            pelo espectro da morte inevitável, e, que, os lobos,
            finda a caçada, uivavam, ante a sua conquista.


            Não temendo estas histórias, preparamo-nos para
            subir a grande montanha, no dia seguinte, bem
            agasalhados e de mochila às costas, onde havíamos
            posto, toda a comida possível, para que nada nos
            faltasse, em nossa empreitada, mas, desde cedo,
            deparamo-nos com enormes obstáculos, à causa.


            Isto porque a cada passo dado, dois atrás se seguiam,
            atraiçoados pelas falsas pedras, que se deslocavam e
            rolavam montanha abaixo, deixando-nos assustados,
            na eminência de uma queda fatal. Incentivando-nos uns
            aos outros, sem temor, prosseguimos lentamente, e, aos
            poucos, fomo-nos aproximando, do desejado cume.


            Por fim a glória era nossa, quando, exaustos de todo,
            nos achamos no cimo da temida rocha, jogando
            tudo para o chão, e, a plenos pulmões, nossa alegria,
            fizemos ecoar, pelos vales vizinhos. E assim, a meio tanta
            magia, num círculo eterno, olhos nos olhos, sorrimos:
            deixáramos de ser crianças, para nos tornarmos homens.



        

publicado por SISTER às 15:51

Janeiro 2009
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