Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

06
Jan 09

Um grande senhor que soubera amontoar sabedoria, além de riqueza, auxiliava diversos amigos pobres, na manutenção do bom ânimo, na luta pela vida.

 

Sentindo-se mais velho, chamou o filho à cooperação. O rapaz deveria aprender com ele a distribuir gentilezas e bens.

 

Para começar, enviou-o à residência de um companheiro de muitos anos, ao qual destinava trezentos cruzeiros mensais.

 

O jovem seguiu-lhe as instruções.

 

Viajou seis quilômetros e encontrou a casa indicada. Contrariando-lhe a expectativa, porém, não encontrou um pardieiro em ruínas. O domicílio, apesar de modesto, mostrava encanto e conforto. Flores perfumavam o ambiente e alvo linho vestia os móveis com beleza e decência.

 

O beneficiário de seu pai cumprimentou-o, com alegria efusiva, e, depois de inteligente palestra, mandou trazer o café num serviço agradável e distinto. Apresentou-lhe familiares e amigos que se envolviam, felizes, num halo enorme de saúde e contentamento.

 

Reparando a tranqüilidade e a fartura, ali reinantes, o portador regressou ao lar, sem entregar a dádiva.

 

- Para quê? - confabulava consigo mesmo - aquele homem não era pedinte. Não parecia guardar problemas que merecesse compaixão e caridade. Certo, o genitor se enganara.

 

De volta, explicou ao velho pai, particularizadamente, quanto vira, restituindo-lhe a importância de que fora emissário.

 

O ancião, contudo, após ouvi-lo calmamente, retirou mais dinheiro da bolsa, dobrou a quantia e considerou:

 

- Fizeste bem, tornando até aqui. Ignorava que o nosso amigo estivesse sob mais amplos compromissos. Volta à residência dele e, ao invés de trezentos, entrega-lhe seiscentos cruzeiros, mensalmente em meu nome, de ora em diante. A sua nova situação reclama recursos duplicados.

 

- Mas meu pai - acentuou o moço -, não se trata de pessoa em posição miserável. Ao que suponho, o lar dele possui tanto conforto, quanto o nosso.

 

- Folgo bastante com a notícia - exclamou o velho.

 

E, imprimindo terna censura à voz conselheiral, acrescentou:

 

- Meu filho, se não é lícito dar remédio aos sãos e esmolas aos que não precisam delas, semelhante regra não se aplica aos companheiros que Deus nos confiou. Quem socorre o amigo, apenas nos dias de extremo infortúnio, pode exercer a piedade que humilha ao invés do amor que santifica. Quem espera o dia do sofrimento para prestar o favor, muita vez não encontrará senão silêncio e morte, perdendo a melhor oportunidade de ser útil. Não devemos exigir que o irmão de jornada se converta em mendigo, a fim de parecermos superiores a ele, em todas as circunstâncias. Tal atitude de nossa parte representaria crueldade e dureza. Estendamos-lhe nossas mãos e façamo-lo subir até nós, para que nosso concurso não seja orgulho vão. Toda gente no mundo pode consolar a miséria e partilhar as aflições, mas raros aprendem a acentuar a alegria dos entes amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e sem inveja no coração. O amigo verdadeiro, porém, sabe fazer isto. Volta, pois, e atende ao meu conselho para que nossa afeição constitua sementeira de amor par a eternidade. Nunca desejei improvisar necessitados, em torno de nossa porta e, sim, criar companheiros para sempre.

 

Foi então que o rapaz, envolvido na sabedoria paterna, cumpriu quanto lhe fora determinado, compreendendo a sublime lição de amizade real

publicado por SISTER às 13:47

                                   Amar um anjo...

                                   Como poderia?

                                 Esse amor que sentiria,

                                poderia ser um arranjo

                              com o plano superior,

                      que me concederia ter esse amor,

                      apenas para uma total felicidade...

                                Um amor sem saudade...


                            

publicado por SISTER às 13:46

        Passado é pedra quebrada
        Rolando pela estrada
        É fundo de poço
        É canoa furada
        É ventania  arrastada
        É música já tocada
        É alma crucificada
        Que não vale mais nada...

        É redemoinho
        É encruzilhada
        É água passada
        Passada e escoada
        Não serve pra nada
        É choro chorado
        Soluço desesperado...

        Hoje é o céu estrelado
        É sonho desejado
        Melodia delicada
        Beijo ofertado
        Amor mais amado
        Sorriso, aflorado
        É flor perfumada
        Cheia de cor, matizada
        Ramalhete presenteado...

        Passado foi fruta cobiçada
        Foi beijo menos beijado
        Carícia sentida menos amada
        Passado, temporal na estrada
        Foi  o céu menos estrelado
        Quero agora repetir passos passados
        Mil beijos dados, envenenados
        Afagos, carinhos, amores trocados
        Quero o passado vivido, meu passado...


       

publicado por SISTER às 13:43

    Ainda que sejam tristes os desenganos

    Que palrem sussurros tácitos de abandono

    As mágias de amanheceres encantando

    Ficam as flores nos acalentando...



    Ainda que tu negues a esmola de um olhar

    Serei pedra sem desgastar

    Serei meiguice para ofertar

    Terei encantos para te dar...



    Mesmo que a lua não brilhe tanto

    Que orvalhos sejam só prantos

    Que os cantares gaguejem tristes

    Existem flores para acalanto...



    Se os sussurros ficarem roucos

    Se melodias te espantem aos poucos

    Restará relva macia pra eu descansar

    Mil madrugadas pra te ofertar...



    Se ilusões não fantasiarem mais

    Se corações não se derem tanto

    Restará ainda o meu olhar

    Vivendo sempre pra te fitar...



    Mesmo que só digas não

    Que os beijos estejam já sem sentido

    Mesmo que não aceites meus pedidos

    Esperarei muito o amor querido...



    Mesmo que te afastes e vá embora

    Que tua ausência seja só sofrimento

    Terei o amparo de um cochilar

    Terei mil sonhos só pra sonhar...



    E a esperança que nunca morre

    Me abraçará cantarolando

    Cantigas e flores me abençoando

    Fragrâncias suaves me eternizando...



 

publicado por SISTER às 13:42

      Pegadas efêmeras

      seguiam pela estrada mágica de grãos de luz

      deixando rastros do meu coração

      na forma das lendas da imaginação.



       

      Na imagem da minha cabeça era você.

      Uma dançarina do ventre

      Artista dos palcos da noite

      Dançastes comigo enroscada tal uma cobra

      E me marcaste com jeito de açoite



      

       Jazia à noite da preguiça

      A lua tão linda, ainda adormecia

      E minha alma gemendo, gêmea da sua,

      acodia-me totalmente nua.



      

       Busquei então na solidão do meu deserto

      promulgar meus intentos.

      Atracar-me deveras nas amarras dos ventos

      A minha arredia esperança aguardava escondida.



      

       E sem mais,

      apenas notei sua rara presença no ar

       Minhas marcas tatuadas já em ti

      Deixadas vivas talvez até por breves momentos.

       Registradas por mim em você

      através das antigas areias dos tempos...




     

publicado por SISTER às 13:39

     Chamam-lhe poema. Ah, que tristeza!
      Pobres sonhadores magoando as palavras
      atiradas aos olhos da vida, na noite de cinza
      em  pasmo que fica no coração das horas!

      Frases trituradas, calcadas, fingidas e banais
      tentam adornar nadas, dispersos no inexistente
      envergonhando a vida que se torna cansada.
      Hipocrisia enfeitada e, tristemente machucada!

      Se escreva com coração liberto e sem vaidade!
      Ai poesia de outrora como te quero e te leio
      tuas palavras são idílio das aves a cantar
      no coração cheio de sol, em morenos dias.

      Procuram adornar-te, em ditos tecidos de nada.
      Tentam enganar a vida em expressão altiva...
      magoado tema que envelhece e envergonha!
      Ai Poetas de outras eras, chorai comigo...

 
 

publicado por SISTER às 13:37

Lo que el salvaje que con torpe mano
hace de un tronco a su capricho un dios,
y luego ante su obra se arrodilla,
eso hicimos tú y yo.

Dimos formas reales a un fantasma,
de la mente ridícula invención,
y hecho el ídolo ya, sacrificamos
en su altar nuestro amor.

 
 

publicado por SISTER às 13:35

      Existem finais de tardes
      mais lindos que o de verão?
      Talvez sim, talvez não!...

      Suaves recordações me remotam a
      lindos finais de tardes de verão que brilham
      no caprichoso álbum da minha memória...

      Verões que marcaram presença...

      ...nas tardes chuvosas
      em que ao seu peito me aconchegava
      deixando sua mão ser meu cobertor...

      ...nas tardes quentes
      em que meu corpo banhado de suor
      se refrescava nas águas correntes junto ao seu...

      ...nas tardes de ventania
      em que a terra se misturava aos meus desejos
      e seus dedos desembaraçavam em peraltices...

      ...nas tardes melodiosas
      em que uma gota de suor era pura poesia
      que gotejava amor pelos poros apaixonados...

      Existe amor mais puro
      que o nosso nas tardes de verão?
      talvez sim...talvez não!...

publicado por SISTER às 13:34

      Rosa de qualquer cor

      Cor do amor da rosa

      Da rosa de toda cor

      Por ela eu fico prosa

      

      Por mais que existam dores

      Das rosas todos os amores

      Fico com a rosa e as cores

      Todas elas são lindas flores

      

      Todas cores tão primorosas

      Amores por todas as prosas

      Em todas as cores das rosas

      Rosas de amores tão gostosas

      

      A ti se não és rosa

      Por ti que não dei amor

      Não importa mesmo a cor

      Nossa amizade é cor de rosa

publicado por SISTER às 13:29

      Amo todas as flores...
      Em especial as rosas
      Tem uma vida passageira
      Efêmera, vivem apenas um dia
      Inda que bela e majestosa.

      Se as rosas fossem mais resistentes
      Certamente não seriam tão belas
      Se fossem imortais,
      Eu jamais as amaria...

      Tudo passa, o que passa,
      Passou ou se perdeu.
      A tristeza que fica é melhor,
      Do que a alegria da melancolia.

      Meu querido...
      Vou amar-te por toda a vida
      Sua passagem em minha vida foi efêmera.
      Só por alguns instantes me fizeste companhia.
      Mas o  tempo que te dediquei...
      Foi que  tornaste tu  importante em minha vida!

publicado por SISTER às 13:28

Este jardín nos cede su delicia,
nos cede el árbol de manzanas lleno.
fuente de dioses a la sed propicia,
pan del instinto, para el hambre, bueno.

Mas blanco mármol sin igual pudicia
fija en nosotros su mirar sereno:
muslo desnudo, vigoroso el seno,
puro, como la luz que lo acaricia.

Se hacen tus ojos demasiado azules,
cubren tus manos impalpables tules
y algo divino te levanta en vuelo.

No cortemos la fruta deleitosa
y mira el alma en una nube rosa,
cómo es de azul la beatitud del cielo.


 

publicado por SISTER às 13:24

se então projeto a geometria
de todo o senso que em mim desenha
cada passo, ordeno a resenha
imponderável em completa assimetria

busco soldos das despedidas
em paredes redecoradas,
tantas alvoradas descoradas
em meu pendor de turmalina

será somente um reflexo
este sonhar de vindouro nexo
avançando penhor e graça

contudo agora em mim se faça
um rebrilhar que tanto alucina
quanto exerce e vaticina

publicado por SISTER às 13:23

      O que desejas, mullher?
      Um carro zero, uma mansão, jóias
      e dinheiro?
      Queres de mim a fortuna,
      viajares ao mundo inteiro?
      Por que me fazes desgraçado,
      em não me querer por nada?
      O mais infeliz e famigerado,
      de alma toda rasgada?
      Maldita! Dize-me!
      Queres perfumes e roupas?
      Ainda te fazes atrevida,
      negando-me o sabor de tua boca?
      Ignora-me, infeliz!
      Dize-me! Queres tapetes persas?
      Quadros de Picasso, Monet ?
      Fazeres de mim um quase nada,
      Por quê?
      Atrevida! Tu me negas-me um olhar sequer!
      Abaixas a cabeça e olhas o chão...
      Fechas a mim, sem pensar,
      a chave de teu frio coração !
      Por que me fazes tão miserável,
      tão pedinte, tão pequeno?
      Não vês que sucumbo na falta
      de teu amor
       e que, aos poucos, estou morrendo?
      É o que tu queres, não é?
      Depositar flores em meu caixão...
      Derramarás pelo menos uma lágrima,
      ingrata, ou manterás frio o coração?
      Quisera fosse o mais pobre dos homens,
      porém, o mais amado por ti...
      Pobre tu és também, porque não enxergas
      o amor que te ofereço!
      Somente a fortuna que possuo, maldita!
      Ainda bradas que teu amor não tem preço...
      Condena-me rico, simplesmente
      e em teu coração de serpente,
      não me deixas fazer morada, por desdita!
      O teu amor não tem preço?
      Ah, mulher bandida!
      Achas mesmo que mereço pagar tão caro?
      Tu me cobras a triste vida!

publicado por SISTER às 13:21

      Quando o sol brilhou mais alto e o céu
      clareou e todos os azuis, correram por
      todos os azuis possíveis, entre o verde
      e o branco anilado, foram meus olhos



      quem te adivinharam, porque logo eu
      te supus, ainda que, ao longe, viesses.
      Porém dúvidas então não tive quando
      chegaram até mim tuas letras de ouro



      cinzeladas por mãos delicadas e firmes
      dizendo-me que havias chegado enfim.
      E numa rara alegria, prontamente toda
      a saudade desapareceu sem queixume.



      E ali estávamos nós de novo lado a lado
      e então éramos como a uma flor, corola
      abrindo-se plena de amor e mui carinho
      de volta ao jardim urdido por vera união.



     

publicado por SISTER às 13:20

A poesia é o meu nirvana

Minha voz esparge um céu

Voeja leveza de menestrel

 

Chega-me como um preito

Sutil a ausência de preceito

Nos raros versos enterneço

 

E numa homenagem à vida

São as sombras que se unem

Nos meus olhos de luz e sonho

 

Inspiração ligada à emoção

Versada e nascida da paixão

Devorada em rimas e dons

 

A ventura é encontrar a flor

O véu transparente no corpo

No místico encantado horto

 

Vou ao teu encontro de sol

De sonatas e cascatas nuas

No entrelace das tuas runas

publicado por SISTER às 13:18

Janeiro 2009
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